Domingo, 10 de agosto. Dia dos Pais, jogo do Flamengo. Os jogadores
entram em campo com o nome dos homenageados impressos às costas da
camisa para enfrentar o
Sport no Maracanã. Menos um, justamente aquele que se tornaria o herói
da vitória por 1 a 0: Eduardo da Silva. Ali, naquele momento, um
drama familiar começou a ser revelado. Foi nos anos 80 que seu Aleudo
deixou a mulher Joelma e o filho, então com apenas um
ano de idade. O tempo passou, Eduardo se naturalizou croata, chegou ao
Rubro-Negro para escrever novas partes de sua história, mas sem deixar
para trás um capítulo marcante e doloroso.
Dona Joelma se virou entre São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, e Vila Kennedy, na Zona Oeste. Com ajuda da
avó materna de Eduardo, Maria Conceição, e dos bisavós paternos,
Severino e Severina, criou o menino que se tornaria jogador de futebol,
ganharia cidadania croata e disputaria uma Copa do Mundo.
Eduardo da Silva não tem problema em falar sobre o assunto. Na
cabeça, a situação é bem resolvida, ainda que a trate com delicadeza. Ao ser questionado pelo Flamengo sobre o nome do pai para
colocar na camisa, informou, mas pediu que no seu caso fosse mantido
Eduardo.
- Tenho que falar a verdade, sou uma pessoa pública. É uma coisa delicada. Tenho meu pai, mas ele me deixou quando tinha um ano. Nunca mais o vi. É ruim, e não me sentiria bem se jogasse com o nome dele na camisa - afirmou Eduardo.
- Tenho que falar a verdade, sou uma pessoa pública. É uma coisa delicada. Tenho meu pai, mas ele me deixou quando tinha um ano. Nunca mais o vi. É ruim, e não me sentiria bem se jogasse com o nome dele na camisa - afirmou Eduardo.
Eduardo
da Silva foi o único jogador que não usou o nome do pai na camisa no
jogo diante do Sport, preferiu deixar o seu mesmo. Ao fazer o gol da
vitória, o drama familiar veio à tona (Foto: Márcio Mercante / Agência
Estado)
Justamente no jogo com o Sport, ele saiu de campo como herói. Fez o gol da vitória por 1 a 0 que tirou o Flamengo da lanterna da competição. O pai é flamenguista e acompanha à distância os acontecimentos, sem qualquer contato com o filho. Eduardo também é pai e comemorou o dia como homenageado pelos filhos Lorena Eduarda e Matheus Eduardo.
O paradeiro de seu Aleudo é uma incógnita. Primo de Eduardo, Júnior mora em São Gonçalo e tenta promover um reencontro entre pai e filho. No entanto, existe uma grande dificuldade em encontrar o pai, que muda constantemente de local e telefone.
- Na época em que ele nos deixou, mesmo os parentes por parte de pai não sabiam onde estava. Dizem que no último ano apareceu lá em São Gonçalo, que está por aqui. Estou conversando com meu primo para ver se marcamos um dia. Ele está fazendo esse meio-campo. É uma coisa delicada. Não é fácil para mim. Estou organizando minha vida, me preparando para isso - revelou Eduardo.
Para conseguir um futuro melhor, o menino apostou no futebol. No
Campeonato de Favelas de 1998, foi descoberto e levado para o futebol
croata. Coincidentemente, teve a chance de jogar no Maracanã defendendo a
Vila Kennedy. A lembrança daquele dia não foi boa, quando perdeu por 7 a
0 para Vila Aliança. No entanto, o destino parecia indicar o seu
caminho no futuro.
- Foi uma preliminar de Flamengo x Botafogo. A gente ficou para assistir ao jogo depois e terminou empatado em 1 a 1 - disse Eduardo, referindo-se ao jogo do dia 26 de julho de 1998, pelo Campeonato Brasileiro, com gols de Marcos Assunção para o Rubro-Negro e Gonçalves pelo Alvinegro.
Logo em seu segundo jogo pelo Flamengo teve a chance de jogar mais uma vez no Maracanã. Dezesseis anos depois, realizava o sonho de menino. As lembranças de sua infância estavam ali, mas dessa vez com um compromisso profissional de defender um clube brasileiro e ajudar a tirá-lo da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
- Em 1998, foi a primeira vez em que fui a um estádio assistir a um jogo de futebol. Quando recebi esse convite do Flamengo não pensei duas vezes e realizei o sonho de fazer um gol no Maracanã. Naquele momento, não sabia para onde correr. Foi uma explosão. Eu me arrepiei. Vai ficar marcado para sempre - comentou o jogador.
- Foi uma preliminar de Flamengo x Botafogo. A gente ficou para assistir ao jogo depois e terminou empatado em 1 a 1 - disse Eduardo, referindo-se ao jogo do dia 26 de julho de 1998, pelo Campeonato Brasileiro, com gols de Marcos Assunção para o Rubro-Negro e Gonçalves pelo Alvinegro.
Logo em seu segundo jogo pelo Flamengo teve a chance de jogar mais uma vez no Maracanã. Dezesseis anos depois, realizava o sonho de menino. As lembranças de sua infância estavam ali, mas dessa vez com um compromisso profissional de defender um clube brasileiro e ajudar a tirá-lo da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
- Em 1998, foi a primeira vez em que fui a um estádio assistir a um jogo de futebol. Quando recebi esse convite do Flamengo não pensei duas vezes e realizei o sonho de fazer um gol no Maracanã. Naquele momento, não sabia para onde correr. Foi uma explosão. Eu me arrepiei. Vai ficar marcado para sempre - comentou o jogador.
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