Ídolo
e torcedor fanático da Portuguesa, o ex-jogador Rodrigo Fabri comemorou
que o "caso Heverton" tenha ido para a Justiça comum. Inicialmente, a
escalação irregular do atacante na última rodada do Campeonato
Brasileira, foi julgada pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça
Desportiva), que considerou a Lusa culpada e retirou quatro pontos dos paulistas. Mas na última sexta-feira, 10, a Justiça de São Paulo acatou pedido de liminar de um advogado e determinou a devolução dos pontos à Portuguesa,
que com isso, voltou à Série A e rebaixou, novamente, o Fluminense. A
ação foi julgada pelo mesmo juiz que também devolveu os pontos perdidos
pelo Flamengo, pela escalação irregular de André Santos, também na última rodada.
Para
Rodrigo Fabri, a decisão do STJD foi radical e levou em conta um
detalhe para definir o rumo de um campeonato. Apesar de confessar que
houve negligência por parte da Portuguesa, o ex-atleta - que hoje
trabalha como voluntário na base da Lusa - acredita que a decisão não
foi moral.
Rodrigo Fabri assiste jogo da Portuguesa contra o Bahia, pela Copa São Paulo, em Ilhabela (Foto: Filipe Rodrigues)
– Eu acho que não tem que ser radical nas decisões. O STJD foi muito
radical. Ele aplicou a lei e ponto. Não pesou o lado moral da história. O
jogo não valia nada, Portuguesa não teve má intenção, o jogador entrou
faltando 12 minutos para terminar o jogo e o que aconteceu em 2010, com o
Tartá foi visto de uma forma diferente, até pelo Paulo Schmitt. Na
época, ele disse que não seria moralmente legal tirar o título do
Fluminense pela escalação ilegal de jogador por apenas um jogo. No caso
da Portuguesa, o julgamento foi diferente. Moralmente, a Portuguesa
precisa e deve seguir na primeira divisão - afirmou o atleta, que está em Ilhabela, acompanhando a Lusa na Copinha.
O
jogador lamenta, no entanto, que o desfecho, de quem joga e quem fica
na Série A, vai demorar. Enquanto isso, a tendência é que Lusa,
Fluminense e Flamengo, diretamente afetados pelo imbróglio, sofram na
questão do planejamento. Os atletas também sofrem, segundo o ex-jogador.
– Está
um ponto de interrogação. É muito complicado fazer futebol com esse
ponto de interrogação. Não dá para saber o que vai acontecer esse ano. É
necessária uma definição. Na primeira divisão, o planejamento é um. Na
Série B, é necessário mais pé no chão, pois a cota de TV é menor. Infelizmente, esse imbróglio não
vai ser resolvido no próximo dia ou nos próximos meses. Isso mexe muito
com o psicológico dos jogadores. Os jogadores conseguiram conquistar
dentro de campo, de
forma legítima a permanência na Série A - disse o jogador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário