quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Polêmica dos ingressos: Consórcio Maracanã diz que acata aumento


O Consórcio Maracanã, responsável pela administração do estádio, informou, nesta quinta-feira, que não tem participação na decisão do aumento dos ingressos para o segundo jogo da final da Copa do Brasil entre Flamengo e Atlético-PR. Procurada pela reportagem do GLOBOESPORTE.COM, a concessionária disse por nota que apenas acatou uma decisão do clube carioca.  

- Os valores dos ingressos para a final da Copa do Brasil foram definidos pelo Flamengo e acatados pela concessionária que administra o Maracanã - afirma o texto.

A iniciativa da diretoria do Rubro-Negro gerou uma enorme polêmica. Nesta quarta-feira, o Flamengo informou ao Procon-RJ que não compareceria à reunião marcada para as 11h  para que o clube justificasse o aumento do preço das entradas, considerado abusivo pelo órgão, que admite um aumento de no máximo 30% em relação ao valor da semifinal. Como o presidente Eduardo Bandeira de Mello não compareceu à reunião, o Procon entrou com representação por crime de desobediência na Delegacia do Consumidor.

 A partir daí, a história virou caso de polícia. Dois representantes do Procon foram à Gávea em busca de documentos como a cópia do contrato com a concessionária que administra o Maracanã, cópia do contrato com sócio-torcedor, relatório financeiro dos últimos 12 meses, planilha demonstrativa da renda de bilheteria dos jogos da Copa do Brasil, entre outros.

Toda polêmica começou quando o clube anunciou os preços dos ingressos para o jogo de volta da decisão da Copa do Brasil contra o Atlético-PR, dia 27, no Maracanã. Os valores variam entre R$ 250 e R$ 800 (para quem faz parte do programa sócio-torcedor há desconto de 40% sobre esses preços, com as entradas variando de R$ 150 a R$ 480).

Problemas do Maracanã

Com ingressos mais caros, a pergunta que fica é o que será feito para melhorar a vida dos torcedores. No segundo jogo da semifinal da Copa do Brasil, entre Flamengo e Goiás, a reportagem do GLOBOESPORTE.COM registrou uma série de problemas antes, durante e depois da partida. O número de fiscais (os stewards), por exemplo, diminuiu drasticamente comparado à Copa das Confederações. Segundo o consórcio, no entanto, os números atuais da segurança para jogos de grande porte são considerados  satisfatório.

- Em jogos de grande apelo como os grandes clássicos entre clubes cariocas e na partida entre Flamengo e Goiás, pela semifinal da Copa do Brasil, a concessionária que administra o Maracanã colocou à disposição dos torcedores mais de 700 controladores de público, apoiados por cerca de 650 policiais militares do Gepe e do 4º Batalhão, que atuam dentro e fora do estádio. O número é considerado satisfatório, uma vez que até agora não houve registro de invasões de campo ou outros incidentes. A razão de aparentemente haver menos agentes de vigilância se deve ao fato de que em competições organizadas pela Fifa não são permitidas a entrada e permanência de policiais no estádio - informa a nota da concessionária.

No jogo contra o Goiás, a desorganização chamou a atenção. Ou seja: o torcedor pode pagar R$ 800 para ir à decisão da Copa do Brasil e sequer ter lugar para sentar, como ocorreu no setor mais caro contra o Esmeraldino. O Consórcio Maracanã nega que torcedores tenham ficado sem assentos, mas diz que analisa iniciar uma campanha para que o público obedeça a distribuição dos lugares.

- Em nenhum setor do estádio faltou lugar para sentar. Assistir aos jogos em pé é uma questão cultural. Mas achamos que, aos poucos, o público vai mudando os costumes dentro dos estádios. A concessionária estuda elaborar campanhas internas com o uso dos telões para conscientizar o torcedor que ocupar o assento correto proporciona maior conforto para todo o público.

Flamengo e Atlético-PR decidem a Copa do Brasil em duas partidas. A primeira será no Paraná, dia 20, no estádio Durival de Britto. A segunda no Maracanã, dia 27, no Rio.



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