sexta-feira, 12 de julho de 2013

Foco, fé em Deus, ''não religião'' e obediência: Nixon segue cartilha à risca para brilhar no Flamengo


A oratória impressiona. Com apenas 20 anos, Nixon domina um vocabulário incomum para jogadores de futebol. Fala pausada, contextualiza o que quer dizer e mostra firmeza. Entretanto, se uma palavra pudesse definir o personagem da semana do Flamengo esta seria foco. O caminho até a atuação de gala contra o ASA, quarta-feira, pela Copa do Brasil, com um gol e uma assistência com pouco mais de 30 minutos em campo começou em 2009. Mais precisamente no dia 5 de maio, quando chegou ao Rio vindo de Juazeiro, na Bahia, para o primeiro teste. A precisão na data é informação do próprio atacante, que valoriza e decora cada momento especial com a camisa rubro-negra.

Número de gols no juniores, data do primeiro treino como profissional, do primeiro gol, tudo isso é tratado com máxima relevância por Nixon para não perder o foco em seu objetivo: brilhar como jogador de futebol profissional. Certamente, a noite de 10 de julho de 2013, em Arapiraca, interior de Alagoas, fará parte da lista de um atleta que parece seguir à risca uma cartilha imaginária rumo ao sucesso.

Nixon Flamengo (Foto: Cahê Mota) 
Nixon está feliz no Flamengo e projeta um futuro com muitas conquistas (Foto: Cahê Mota)

- Temos que sempre ter foco, trabalhar firme e sermos obedientes, descansar. Fazer tudo que a nossa profissão exige. Muitas vezes tem sacrifício, mas trabalhamos com nosso corpo. Se não trabalharmos o que é nosso, não tem como dar certo. Procuro guardar tudo aquilo que vivi.

Muito da dedicação e até da oratória vêm da ligação de Nixon com a religião. Na verdade, com Deus, como o atacante faz questão de frisar. Ao lado de Léo Moura e Rafinha, ele forma o trio - pai, filho e espírito santo - no elenco do Flamengo. A crença é tão forte que o jovem já faz pregações no Rio de Janeiro e por isso se dedica aos estudos por um vocabulário mais extenso. De joelhos e com os braços erguidos para o céu, comemorou todos seus gols pelo Flamengo, como quem agradecesse cada conquista de um lema que garante levar consigo:

- Sem luta não há vitória.



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