Os cofres do Flamengo ganharam o reforço de R$ 9 milhões nesta
quarta-feira. A REX, empresa do Grupo EBX, de Eike Batista, depositou a
quantia referente à concessão da sede do Morro da Viúva, localizada na
Zona Sul do Rio de Janeiro. Trata-se da última parcela prevista no
contrato, que entrou efetivamente em vigor após o pagamento. Pela
concessão de 25 anos, com possibilidade de renovação por mais 25 anos, a
EBX pagou ao Rubro-Negro no total R$ 18 milhões para construir um hotel
no local. Depois de um arrastado processo de desocupação do edifício
Hilton Santos, na Avenida Rui Barbosa (número 170), a empresa deverá
concluir a obra até dezembro de 2015. A destinação da verba recebida
nesta quarta ainda será definida.
- Hoje é um dia histórico. Estamos dando destinação efetiva a um
patrimônio do clube. Há dois anos, mais até, estamos batalhando nessa
história. Hoje, cumprimos com todas as condições previstas no contrato. A
REX também cumpriu as obrigações previstas, e o prédio foi entregue. O
contrato entrou efetivamente em vigor – disse o vice de patrimônio do
clube, Alexandre Wrobel, que começou as tratativas ainda na gestão de
Patricia Amorim.
O empresário Eike Batista investirá R$ 100 milhões para transformar o
sucateado imóvel em um hotel com instalações quatro estrelas. Hoje, o
edifício tem 148 apartamentos com 140 metros quadrados cada. Com a
reforma, passará a ter 454 quartos. O Flamengo receberá cerca de R$ 270
mil mensais ou 2,63% do faturamento bruto - o valor que for maior. O
clube teria dois andares voltados para a concentração de atletas e
comissão técnica.
Conheça o contrato
Está previsto na minuta do contrato (cláusula 5.3.1) de arrendamento do
imóvel por 25 anos e o pagamento - além da receita mensal de R$ 270 mil
ou 2,63% do faturamento bruto - de R$ 17,6 milhões a título de “aluguel
determinado”, espécie de luvas pelo período das obras e renovação
automática do compromisso. O Flamengo tem a receber R$ 3,1 milhões de
adiantamento de aluguel em até dois meses após a assinatura; R$ 2
milhões para obtenção das condições suspensivas (liberação do imóvel e
negociação com moradores); e R$ 12,5 milhões no prazo de dez dias a
partir da implementação de todas as condições suspensivas previstas
(obtenção de certidões, aprovação do projeto, liberação do imóvel e
outras). Se confirmada a renovação do acordo por outros 25 anos, serão
pagos mais R$ 5 milhões. Em caso de atraso da obra por mais de 180 dias
sem justificativa prevista no acordo, a REX ainda pagará ao Flamengo o
rendimento proporcional do período.
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