Com o custo muito maior que o benefício nos últimos seis meses —
cerca de R$ 3 milhões e nenhum gol —, o meia Carlos Eduardo esgotou a
paciência da diretoria do Flamengo, que estuda a devolução do jogador ao
Rubin Kazan, da Rússia. O Rubro-negro tem até o dia 31 de agosto,
quando fecha a janela internacional na Europa, para chegar a um acordo
com os russos e evitar mais prejuízo do que já teve. Se não o fizer,
nova chance apenas em janeiro.
— Nunca pensei nem conversei com
ninguém sobre essa possibilidade — afirmou o amigo e também
representante de Carlos Eduardo, Evandro Schmidt. Além do salário de R$
550 mil, o clube desembolsou vultuosas quantias em luvas ao jogador e
uma bela comissão ao empresário Jorge Machado. Nenhum dirigente foi
encontrado para comentar o assunto.
Contratado por 18 meses no
início dessa temporada, o atleta de 25 anos não rendeu nem com o técnico
Mano Menezes, que o lançou no Grêmio e quando foi apresentado no
Flamengo havia pedido alguns dias para tentar recuperar o pupilo. Três
semanas depois, Carlos Eduardo foi barrado ontem para a entrada de Val.
De
camisa 10 contratado como estrela para resolver a carência de
criatividade, Carlos Eduardo passou a usar a 20, já com dificuldades de
se adaptar ao futebol brasileiro e mal fisicamente. Ao longo do processo
de recuperação, foi barrado pelos técnicos Dorival Júnior e Jorginho
após ganhar várias chances.
Em determinado momento, o meia alegou
estar deprimido. A direção tomou conhecimento de que o jogador teria
terminado um relacionamento com uma namorada e, solteiro no Rio de
Janeiro, trouxe do Rio Grande do Sul uma moça para lhe fazer companhia.
A
cúpula do futebol notou problemas de comportamento e abafou os deslizes
do jogador, mesmo irritada. Os pais do meia também se mudaram para o
Rio para incentivar Carlos Eduardo a buscar a melhor forma.
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