terça-feira, 9 de julho de 2013

Flamengo avalia devolução de Carlos Eduardo e acordo até agosto pode diminuir prejuízo

Com o custo muito maior que o benefício nos últimos seis meses — cerca de R$ 3 milhões e nenhum gol —, o meia Carlos Eduardo esgotou a paciência da diretoria do Flamengo, que estuda a devolução do jogador ao Rubin Kazan, da Rússia. O Rubro-negro tem até o dia 31 de agosto, quando fecha a janela internacional na Europa, para chegar a um acordo com os russos e evitar mais prejuízo do que já teve. Se não o fizer, nova chance apenas em janeiro.

— Nunca pensei nem conversei com ninguém sobre essa possibilidade — afirmou o amigo e também representante de Carlos Eduardo, Evandro Schmidt. Além do salário de R$ 550 mil, o clube desembolsou vultuosas quantias em luvas ao jogador e uma bela comissão ao empresário Jorge Machado. Nenhum dirigente foi encontrado para comentar o assunto.

Contratado por 18 meses no início dessa temporada, o atleta de 25 anos não rendeu nem com o técnico Mano Menezes, que o lançou no Grêmio e quando foi apresentado no Flamengo havia pedido alguns dias para tentar recuperar o pupilo. Três semanas depois, Carlos Eduardo foi barrado ontem para a entrada de Val.

De camisa 10 contratado como estrela para resolver a carência de criatividade, Carlos Eduardo passou a usar a 20, já com dificuldades de se adaptar ao futebol brasileiro e mal fisicamente. Ao longo do processo de recuperação, foi barrado pelos técnicos Dorival Júnior e Jorginho após ganhar várias chances.

Em determinado momento, o meia alegou estar deprimido. A direção tomou conhecimento de que o jogador teria terminado um relacionamento com uma namorada e, solteiro no Rio de Janeiro, trouxe do Rio Grande do Sul uma moça para lhe fazer companhia.

A cúpula do futebol notou problemas de comportamento e abafou os deslizes do jogador, mesmo irritada. Os pais do meia também se mudaram para o Rio para incentivar Carlos Eduardo a buscar a melhor forma.


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