domingo, 3 de fevereiro de 2013

João Paulo: dos campos de terra da favela ao sonho de jogar no Flamengo


João Paulo treino Flamengo (Foto: Alexandre Vidal / Fla imagem)
Ao acertar com o Flamengo, João Paulo voltou para perto de suas raízes. Nascido e criado até os 19 anos nos morros do Fallet-Fogueteiro, em Santa Teresa, ainda pequeno o menino trocava a pipa e a bola de gude pelas peladas nos campos de terra batida da favela. Agora titular da lateral esquerda do seu time de infância, o jogador transforma sonho em realidade para alegria da família e dos amigos da comunidade.

- Sou do Fallet-Fogueteiro, lá tem bastante rubro-negro. Os amigos todos estão torcendo, desejando força. O pessoal da comunidade é humilde e está feliz. Sempre sonhei jogar no Flamengo - afirmou João Paulo.

Felicidade resume o momento de João Paulo. Buscado no Mogi Mirim, o jogador anda sempre com um sorriso estampado no rosto. E, com a vaga de titular, ganhou ainda mais motivos para se alegrar. Depois da expulsão de Ramon logo na estreia do Campeonato Carioca, diante do Quissamã, ficou mais fácil para ele herdar a vaga. E, ao ser questionado sobre o que espera de retorno do futebol e do Flamengo, o lateral-esquerdo não cita o dinheiro, mas sim a realização pessoal.

- De retorno, não espero muita coisa assim. Meu sonho sempre foi ser jogador, estar perto da minha família, ver todos felizes, e estou tendo essa oportunidade. Espero que o futebol possa me dar alegrias - disse João Paulo.

A vitória por 4 a 2 sobre o Vasco durante a semana garantiu ao menos uma dose de felicidade instantânea.

- Foi uma emoção muito grande, ainda mais para mim, que era torcedor quando criança. Fiquei feliz depois do jogo, meu irmão deu os parabéns pela vitória em cima do vasco. Agora, já passou, é pensar no Nova Iguaçu e conseguir o resultado para ficar próximo da classificação - destacou o jogador.

João Paulo diz que a confiança aumenta com a sequência como titular. Diante do Nova Iguaçu, neste domingo, às 17h, no Engenhão, será o quarto jogo desde que chegou ao clube.

Aos 26 anos, João Paulo fez da diversão infantil sua profissão. Desde a infância, a bola foi seu brinquedo preferido:

- Quando era criança, minha diversão na comunidade sempre foi o futebol, jogava nos campinhos de terra batida... Hoje, é tudo sintético. Soltava pipa, mas a bola falava mais alto.



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