domingo, 19 de setembro de 2010

Patrícia Amorim veta ‘era das fatias’ de jogadores da base do Fla

Em vários momentos nos últimos anos, pressionada por salários atrasados, ameaças de penhoras e dívidas colossais, a diretoria do Flamengo adotou uma tática de “dinheiro na mão”. Mas para tal, necessitava fatiar os direitos econômicos das principais promessas do clube. E assim foi feito.

O exemplo mais clássico da política foi Renato Augusto. Com multa rescisória estipulada em € 30 milhões (R$ 67 milhões), o apoiador foi vendido por um terço disso. E o Rubro-Negro só teve direito a R$ 13 milhões. Antes da saída, o jogador lamentou a estratégia.

- De repente, pode me atrapalhar. Mas é um direito do Flamengo. Gostaria de ser 100% do clube, mas sei que a parte financeira não ajuda.

Na mesma leva, o clube negociou três outros atletas que sequer jogaram nos profissionais: Pedro Beda (Traffic), Michel (Almeria) e Anderson Bamba (Leverkusen). O total arrecadado com as três promessas foi de R$ 3,5 milhões.Em 2010, Fabrício deixou a Gávea a custo zero. Ele foi usado como pagamento de uma dívida para a contratação de Fierro.

Diante dos exemplos, a presidente Patrícia Amorim decidiu se precaver. Durante reunião de diretoria, firmou em ata um novo regulamento. A nova política tem os primeiros alvos.

- Foi uma ideia da minha cabeça. Se surgir uma tsunami aqui, só podemos vender até 50% desses jogadores da base. Recebi propostas por Galhardo e Diego Maurício e não vendi. Vamos valorizá-los. Temos 100% do Diego e 90% do Galhardo – declarou a dirigente.

O GLOBOESPORTE.COM publica em duas partes, segunda e terça-feira, a entrevista completa da presidente rubro-negra.

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