sexta-feira, 9 de julho de 2010

Rogério pede reflexão sobre caso Bruno, mas avisa: ‘A vida segue’

Dentro de campo, o título de campeão brasileiro. Fora dele, o Flamengo passou os últimos meses esquivando-se de polêmicas policiais. Adriano, Vagner Love e, principalmente, Bruno deterioraram a imagem do clube por atitudes fora do ambiente de trabalho.

Por mais que tente, o clube não conseguiu se livrar dos arranhões. Há cobrança de torcedores e patrocinadores para uma a instauração de uma “nova era”, apostando em jogadores responsáveis, mais preocupados com a imagem. O técnico Rogério Lourenço concorda que chegou a hora da mudança. .

- A diretoria tenta corrigir coisas que vinham enraizadas aqui. Quando as coisas chegam ao extremo temos que parar para refletir – disse.

Nesta sexta-feira, o técnico fez uma longa explanação sobre a necessidade de acompanhamento do cotidiano dos jogadores desde a divisão de base. Ele evitou citar diretamente a prisão de Bruno.

- Os profissionais do futebol não podem ver o jogador apenas como mercadoria, mas sim como um ser humano que tem os mesmos problemas que todos. A mudança na vida de um jovem de 18 para 20 anos é muito grande. Tem que ter alicerce familiar, no clube e pessoas dizer o que eles precisam ouvir e não o que querem ouvir. É por aí – afirmou o ex-jogador.

Rogério lembra que a geração dele também teve jogadores complicados. Djalminha, Marcelinho Carioca, Júnior Baiano... Todos tiveram problemas disciplinares. Mas a maioria deles dentro de campo.

Por isso, nas conversas que teve com o grupo desde a saída forçada de Bruno, o treinador pediu para que seja iniciada uma nova era. Ele quer resgatar o Flamengo com notícias estritamente esportivas.

- Alguns têm amizade maior, relação de quatro anos no clube e isso (a prisão de Bruno) mexe com eles). Mas a vida segue. Temos que trabalhar e voltar a jogar no Brasileiro. Esses jogadores aqui que têm a responsabilidade de mostrar que o Flamengo tem profissionais de qualidade, competentes e que trabalham buscando a formação do homem. O jogador passa, mas o cidadão fica – afirmou.


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