A Justiça do Rio decretou nesta quinta-feira a prisão preventiva do goleiro Bruno e do sei amigo Luiz Henrique Romão, conhecido como Macarrão, pelo sequestro e cárcere privado de Eliza Samúdio, em outubro do ano passado. Na decisão, o juiz Marco José Mattos Couto, da 1ª Vara Criminal, afirma que os fatos recentes mostram a periculosidade dos réus em coagir testemunhas no curso do processo.
No documento, o magistrado diz que não se pode ignorar a notícia da prisão temporária dos réus no inquérito que apura o desaparecimento de Eliza e as ameaças que o jogador havia feito à ex-amante. “O que se percebe é que a ameaça, ao que parece, se concretizou. Demonstrada, pois, a periculosidade dos réus. Portanto, deixar os réus em liberdade nestes autos, em verdade, significaria incentivá-los a continuar usando de meios violentos contra as pessoas que deles porventura discordem”.
Esta semana, Bruno e Macarrão tiveram a prisão temporária decretada, por cinco dias, pela Justiça pelo desaparecimento da jovem no início de junho. Os dois se entregaram na última quarta-feira. Com a prisão preventiva, os dois podem ficar presos até serem julgados.
Na tarde desta quinta, Bruno e Macarrão foram levados para presídio Bangu 2, onde foram recebidos por uma multidão aos gritos de “assassinos”. À tarde, a Justiça do Rio determinou a transferência dos presos para Minas Gerais, para onde foram por volta das 21h50 num avião da polícia mineira, após decolarem do Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio.
‘Quero que você morra’, teria dito Bruno, na época, à Eliza
Na decisão, Mattos Couto lembra o depoimento de Eliza na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher. No documento, a estudante conta que o atleta, no episódio em que a manteve em cárcere privado, teria a xingado de vagabunda, agredido e dito frases como “Eu não quero esse filho e sou capaz de tudo para você não ter essa criança. Você não me conhece e não sabe do que eu sou capaz, pois eu venho da favela” e, ainda, “Eu quero que você morra, pois você é um problema só seu”.
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