“Ninguém conversou nada comigo (sobre demissão). Nesses oito meses de trabalho, conquistamos o Brasileiro e chegamos à final do Estadual. Imaginem se todos que perdessem o Carioca fossem demitidos?! Estou tranquilo, o time está no caminho certo”, disse Andrade.
O caminho certo leva aos problemas. Nos bastidores, Andrade é questionado pelo estilo paternal e também pela armação do time. O técnico tem conhecimento disso e, nos dias que anteceram a final, em conversa informal com Júnior, companheiro em campo nas épocas gloriosas do Mengão, desabafou, dizendo que ‘estava abandonado’.
Sob pressão e com futuro incerto, Andrade busca a classificação para a próxima fase da Libertadores, contra o Caracas, quarta-feira: “Não faço chororô nem vejo tudo errado por conta da derrota”.
Apesar de dizer que não faria chororô nem inventaria desculpas, Andrade fez as duas coisas. “É difícil jogar quarta e domingo em alto nível. Mas não vou dizer que perdemos porque tivemos viagem desgastante. A arbitragem foi confusa. Não houve falta do Willians antes do segundo pênalti”, disse o técnico, que completou: “Estamos mais vivos do que pensam na Libertadores”.
Vivo, mas já à espera da extrema-unção, Andrade vive seu clima de velório e não será surpresa se ele mesmo pedir demissão.
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