segunda-feira, 19 de abril de 2010

Abatido, Andrade sabe que permanência dele passa por afastamento de Petkovic

O Flamengo – e isso inclui diretoria e jogadores – não deseja mais Petkovic. Mas ninguém quer admitir publicamente. Temem um desgaste pesado por posicionarem-se contra um ídolo da torcida, já que nem as fracas atuações em 2010 fizeram-no perder prestígio. O problema, então, caiu no colo de Andrade, e o técnico, para se manter no cargo, precisa solucioná-lo.

Ele ainda não decidiu se vai relacionar o sérvio para a partida contra o Caracas, quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), no Maracanã. Se continuar bancando o sérvio, Andrade pode até mesmo acordar na quinta-feira desempregado. Mesmo com a vaga às oitavas de final nas mãos.

Ele está ciente da pressão, mas argumenta que não é apenas por causa do gringo que o Flamengo ainda não se encontrou no ano. E pede mais respaldo da diretoria. Alega que soa contraditório afastar um jogador que oficialmente negocia a renovação de contrato.

Se não bastasse o “problema Pet”, o treinador tem que lidar com o racha na comissão técnica. O estopim foi a divisão do bicho pelo título brasileiro – alguns ganhariam muito, e a maioria receberia pouco. O médico José Luiz Runco teve de intervir para repartir os valores.

A relação de Andrade com o auxiliar Marcelo Salles também não é das mais sadias. Recentemente, o treinador foi flagrado no ônibus dizendo que “no Flamengo só confiava em Paulo Henrique”, referindo-se ao observador técnico que chegou ao clube ano passado. O comentário gerou mal-estar e o fez ficar ainda mais isolado.

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