Um dia após a derrota para o Botafogo, a presidente Patrícia Amorim foi a um enlameado Ninho do Urubu acompanhar o treino do Flamengo. Além de dar entrevistas sobre a conversa que teve com os jogadores, a dirigente também prometeu melhorar as condições de trabalho no centro de treinamento, em Vargem Grande.
A comissão técnica observa o treino de quinta após dia chuvoso que piorou o Ninho do Urubu
Ela disse que ainda não há um projeto de parceria para investir pesado na estruturação do local. Mas frisou que aos poucos vai fazendo as principais melhorias no Ninho do Urubu com as receitas do próprio Flamengo. Na última semana, por exemplo, o clube comprou um ar condicionado para o vestiário e aparou o mato em um córrego que passa pelo CT.
- Até conseguir algo completo, vamos fazer algo temporário. Depois fazemos uma obra mais pesada – disse Patrícia, para enumerar suas prioridades no momento.
- Quero melhorar a (casa da) concentração, trazer a administração das divisões de base para cá, fazer uma boa limpeza, capinar, murar... E o pensamento é de trazer gente para investir pesado depois – explicou a presidente.
Ela disse que ainda não tomou conhecimento do projeto de parceria com o Governo da China e o Ministério de Relações Exteriores do Brasil discutido pelo ex-vice presidente do Flamengo, Delair Dumbrosck. Em novembro de 2009, o dirigente chegou a se reunir, em Brasília, com uma comitiva chinesa, com a ministra Vera Cíntia e com Orlando Silva, ministro do Esporte.
- Não chegou nada até a mim. Não tomei conhecimento sobre isso – disse Patrícia.
Desde a última administração, o clube poderia ter finalizado o Ninho do Urubu se estivesse em dia com os impostos federais. Já são mais de R$ 10 milhões em dívidas que fazem com que o Flamengo não tenha a Certidão Negativa de Débito (CND) com o Governo Federal.
Se a tivesse em mãos, a diretoria poderia dar seguimento ao projeto de Lei de Incentivos Fiscais já aprovado desde 2008. Mas sem a CND, o Flamengo perdeu a oportunidade de melhorar seu centro de treinamento quase que a custo zero, já que os recursos viriam das empresas interessadas em destinar 1% do seu Imposto de Renda para o projeto.
Enquanto isso, o Ninho do Urubu segue com os mesmos problemas estruturais relatados pelo GLOBOESPORTE.COM na última semana. Com a chuva da última quinta-feira, Patrícia Amorim viu de perto, mais uma vez, que os profissionais do Flamengo (jogadores, diretoria e comissão técnica) conseguiram ser campeões brasileiros mesmo com uma estrutura deficiente.
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