Sem alterar o tom de voz, a presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, foi direta e condenou a ida de jogadores do clube ao Sambódromo, em dias que antecedem a decisiva partida pela semifinal do Campeonato Carioca, quarta-feira, contra o Botafogo. Destacou que proibir a presença dos atletas nos desfiles das Escolas de Samba do Grupo Especial, domingo e segunda, seria pior.
– Particularmente, como ex-atleta, eu não iria, descansaria. Se eles se garantem, tudo bem. Mas saibam que vão ser cobrados – frisou a presidente rubro-negra, ex-nadadora olímpica.
Patrícia ponderou que a ida de jogadores ao Sambódromo pode até não ser prejudicial, desde que tenham discernimento e se comportem. Sem exageros, acredita que o cansaço não se refletirá em campo. No Flamengo, vários jogadores e até o técnico Andrade revelaram que vão à Sapucaí. Alguns irão para um camarote, outros, como o meia Petkovic e o atacante Vágner Love prometeram desfilar pela Portela e Mocidade Independente de Padre Miguel, respectivamente.
E até pela quantidade de integrantes do clube na Sapucaí é que Patrícia endureceu o discurso. Lembrou o principal compromisso de todos que atuam pelo clube.
– No Flamengo, o maior compromisso é com a vitória e disso nem eu e nem a torcida vamos abrir mão. São profissionais, recebem muito bem para isso e os salários estão em dia – afirmou a presidente.
Em seguida, Patrícia observou que partir para o radicalismo e proibir a presença dos atletas nos desfiles das escolas de samba seria uma medida pouco eficaz. Para ela, todos dariam um jeito de burlá-la.
– É difícil segurar. Jogo na Quarta-feira de Cinzas... Não adianta proibir porque eles acabam vindo escondido – disse Patrícia.
A presença de jogadores nos desfiles da Sapucaí é uma tradição e nunca houve problemas. O episódio ganhou destaque quando jogos decisivos do Carioca passaram a ser disputados no Carnaval.
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