A política do bom, bonito e barato está em moda no Flamengo desde a efetivação de Andrade no comando da equipe. Pouco pela folga financeira, mas sobretudo por causa dos resultados conquistados pelo treinador. A chance de título a quatro rodadas do fim do Campeonato Brasileiro se soma ao fato de a atual comissão técnica custar mensalmente o equivalente a um terço da anterior.
Apenas com as substituições de Cuca e o irmão dele, Dirceo Stival, o Cuquinha, por Andrade e o auxiliar Marcelo Salles, o clube economizou R$ 480 mil em quatro meses.
- Prefiro não entrar neste mérito. O Cuca está há muito tempo no mercado e fez por merecer o salário que tinha. Eu estou conquistando meu espaço, começando agora. Ainda não recebo o que gostaria, mas tudo tem seu tempo – disse Andrade.
Quando janeiro chegar, no entanto, ele tem argumentos para pleitear o aumento desejado. Ao assumir, no dia 23 de julho, o Rubro-Negro estava na 11ª posição, com 17 pontos em 13 jogos. O aproveitamento era de 43% dos pontos disputados. Vinte e dois jogos depois, quanta diferença.
O Flamengo pulou para os 57 pontos, está em terceiro lugar e viu a porcentagem alcançada saltar para 65%. Se tivesse tal desempenho durante todo o Brasileiro seria líder folgadamente com 66 pontos.
A diretoria concorda. Principal mentor da efetivação de Andrade na equipe, o vice-presidente de futebol Marcos Braz relembra que sofreu críticas ao optar pela solução caseira.
- Eu tive peito para bancar o Andrade, acreditei no trabalho dele enquanto muita gente garantiu que eu havia me precipitado. Ele é muito querido por todo o grupo e esse resultado não surpreende – disse o dirigente.
Ainda à caça do líder São Paulo, o Flamengo visita o Náutico no próximo domingo, no estádio dos Aflitos. A partida será às 17h (horário de Brasília).
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