terça-feira, 19 de março de 2013

Flamengo faz acordo com Botafogo e jogará no Engenhão até o fim do ano


Flamengo x Resende - Campeonato Carioca - Engenhão (Foto: Paulo Sergio/LANCE!Press)Após longo período de conversas, o Flamengo enfim renovou o contrato com o Botafogo para mandar os jogos do Rubro-Negro no Engenhão até o fim desta temporada. Desde o início deste ano, o time da Gávea jogava no estádio pagando um valor superior ao do antigo contrato.

Em contato com a reportagem do LANCE!Net, o diretor de marketing do Rubro-Negro, Frederico da Luz, confirmou o acerto com o alvinegro.

- Assinamos o contrato nesta semana com o Botafogo para o uso do Engenhão até o fim do ano - resumiu o dirigente.

De acordo com o diretor executivo do Botafogo, Sérgio Landau, os moldes do novo contrato com o Flamengo são bem parecidos com o anterior, que se encerrou em dezembro.

- Eles tem direito da receita de estacionamento, de alimentação, podem fazer promoções nos telões, além de ações do patrocinador master e ainda tem direito a nove camarotes - afirmou o diretor alvinegro.

Em janeiro, o L!Net teve acesso aos valores acordados entre a Federação de Futebol do Rio e os clubes para o Estadual. Só o aluguel do estádio custará entre R$ 20 mil (para jogo dos grandes contra os pequenos) e R$ 40 mil (clássicos).

Valores bem distintos dos contratos

Até 2012: R$ 28.075,00
Aluguel do estádio (conforme contrato Fla e Bota): R$ 5.000,00; Taxa de iluminação (conforme contrato Fla e Bota): R$ 5.000,00; Despesas operacionais da FERJ: R$ 10.000,00; Delegado da partida: R$ 1.000,00; Credenciamento da imprensa: R$ 3.660,00; Equipe Antidoping: R$ 1.125,00; Antidoping: R$ 2.290,00. Essa é a relação de todos os gastos fixos que o Flamengo tem para jogar no Engenhão independentemente do público para o qual será aberto o estádio. Outras 15 despesas, por sua vez, variam conforme a carga estipulada para o jogo.

Para 2013: R$ 53.500,00
Aluguel do estádio: R$ 20.000,00; Despesas com o quadro móvel: R$ 20.000,00; Taxa de iluminação: R$ 7.500,00; Despesas com ambulância: R$ 6.000,00. Todos esses valores estão previstos para públicos entre 15 mil e 20 mil em jogos dos clubes grandes contra os de menor investimento.

Estilo Joel Santana: Jorginho chega ao Fla com prancheta moderna

O objeto chamou a atenção logo no primeiro treino. Com ele nas mãos, Jorginho gesticulava e conversava com os auxiliares Aílton Ferraz e Jayme de Almeida. À distância, o formato dava a impressão de que poderia ser um tablet, mas o novo técnico do Flamengo é adepto da prancheta, em um estilo que lembra Joel Santana, treinador rubro-negro durante quatro meses no ano passado.  

A prancheta de Jorginho é mais moderna, tem as marcações de um campo de futebol e os nomes de todos os jogadores do grupo em pequenas placas. Algumas são vermelhas, mas quase todas brancas. É ali que ele vai “desenhar” a escalação do Flamengo para sua estreia no comando da equipe. No sábado, o Rubro-Negro enfrenta o Boavista, no Engenhão, pela segunda rodada da Taça Rio.

Jorginho flamengo treino (Foto: Alexandre Vidal / FlaImagem) 
Jorginho exibe prancheta que está usando nos treinos do Flamengo Foto: Alexandre Vidal / FlaImagem)
 
Jorginho Ailton treino Flamengo (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem) 
Jorginho usa prancheta para passar instruções aos seus auxiliares (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem)
 
 

Intensidade e vibração: Jorginho mostra seu estilo no Flamengo



No segundo treino comandado por Jorginho no Flamengo, o estilo do novo treinador ficou claro. A atividade realizada na manhã desta terça-feira, no Ninho do Urubu, foi marcada por intensidade e vibração. O técnico, o auxiliar Aílton Ferraz e o preparador Joelton Urtiga comandaram um trabalho físico com bola. Assim como ocorria na passagem de Jorginho pela seleção brasileira, como auxiliar de Dunga, entre 2006 e 2010, o treinamento foi mais curto, porém intenso.

Os atletas realizaram um circuito em velocidade e terminaram o percurso com finalização com as duas pernas e com a cabeça. Jorginho, Aílton e Joelton incentivaram com gritos e palmas.


jogadores flamengo treino (Foto: Richard Souza) 
Jorginho comanda segundo treino à frente do Flamengo nesta terça-feira (Foto: Richard Souza)

- Ele (Jorginho) conversou com a gente, disse que gosta de fazer um trabalho curto, mas intenso. A gente trabalhava mais com o Dorival. Ontem (segunda-feira), trabalhamos posse de bola com o Jorginho, que o Dorival trabalhava bastante também. Vai ser bem parecido - disse Ibson.
                
Nesta terça, o time vai treinar em dois períodos. A expectativa é que Jorginho aproveite a parte da tarde para começar a testar a equipe que mandará a campo no sábado, contra o Boavista, em sua estreia. Ele não poderá contar com Cáceres e González, convocados por Paraguai e Chile para as eliminatórias da Copa do Mundo de 2014.

Amaral deve ser o substituto de Cáceres. Após o treino do grupo, ele recebeu atenção especial de Aílton Ferraz e trabalhou passes e lançamentos. Na zaga, teoricamente Renato Santos e Wallace disputam um lugar ao lado de Alex Silva.


Aos 18 anos, Adryan, do Flamengo, festeja nascimento da filha

Filha do meia Adryan, Laura nasceu no fim da noite desta segunda-feira, no Rio de Janeiro. Orgulhoso, o jovem jogador do Flamengo, de apenas 18 anos, anunciou a novidade em sua conta no Twitter e fez questão de logo "apresentar" a menina aos torcedores rubro-negros.

- Nasceeeu esta tudo bem em nome do senhor Jesus !!!!!!! Com as duas !!! É a melhor sensação do mundo !! Ótima noite a todos! - postou o jogador.

Adryan e Nathalia se casaram em setembro do ano passado, quando o meia ainda contava com 17 anos. A esposa do jogador do Flamengo concorreu à Musa do Brasileirão 2012 também “defendendo” o clube da Gávea. Na época, a mãe de Laurinha tinha 18 anos.

Adryan flamengo nascimento filha (Foto: Divulgação / Mastersports) 
Adryan celebra o nascimento da filha Laura (Foto: Divulgação / Mastersports)
 
 

Pelaipe aposta em Jorginho e tenta repetir acertos com Tite e Mano



Jorginho Aílton Ferraz, Wallim Vasconcellos e Paulo Pelaipe flamengo (Foto: Richard Souza)
Tite e Mano Menezes foram citados pelo diretor de futebol Paulo Pelaipe após a apresentação de Jorginho como novo técnico do Flamengo. Dois dos treinadores mais importantes do país na atualidade ganharam do dirigente, na época no Grêmio, a primeira chance de treinar um grande clube brasileiro. Depois de se destacarem e vencerem no estádio Olímpico, Tite e Mano se estabeleceram no mercado e construíram carreiras sólidas. O primeiro conquistou nos dois últimos anos o Brasileiro, a Libertadores e o Mundial com o Corinthians, enquanto o segundo chegou à seleção brasileira.

Pelaipe vê em Jorginho, de 48 anos, potencial para alcançar um novo patamar como treinador. O Flamengo é o quinto clube da carreira do técnico, que estreou na função no América, em 2005. Depois, foi auxiliar de Dunga na seleção brasileira entre 2006 e 2010 e passou por Goiás, Figueirense e Kashima Antlers, do Japão.    

- Nós começamos a trabalhar com Adenor Bacchi, o Tite, em dezembro de 2000, quando o buscamos no Caxias. Em abril de 2005, fomos buscar o Mano (também no Caxias). Tentamos um outro jovem que não deu certo, não vou dizer nomes por respeito a eles, mas temos de dizer isso. Eu gosto de trabalhar com desafio. O Jorginho está recebendo uma oportunidade na carreira, tem um grande currículo como alteta, é um cidadão exemplar, fez um grande trabalho no Figueirense, um grande trabalho com o Dunga. Tenho ótimas informações do Paixão (Paulo, preparador físico do Inter), do Dunga (técnico do Inter), do Renan Dal Zotto (diretor de marketing do Figueirense) – disse o dirigente.

No Figueirense, Jorginho fez um trabalho que rendeu elogios e foi o que melhor conseguiu até aqui. Ele quase levou o time à Libertadores. No Kashima, conquistou a Copa Liga Japonesa do ano passado, seu único título como treinador.

No Grêmio, duas apostas de Pelaipe não vingaram. Vágner Mancini e Caio Júnior, treinadores com o mesmo perfil de Jorginho, foram contratados, mas passaram pouco tempo no clube. Mancini chegou ao Tricolor gaúcho em 2008 como substituto de Mano Menezes, ficou seis jogos oficiais no comando e foi demitido com a equipe invicta. Caio Júnior durou um pouco mais. Chegou em dezembro de 2011 e saiu em 20 de fevereiro de 2012.

Otimista com a chegada de Jorginho, o diretor de futebol disse que o clube tem a preferênica na renovação com o técnico no fim do contrato, que vai até dezembro de 2014, mas lembrou que a cobrança por vitórias vai existir.

- Acreditamos tanto no trabalho dele que até colocamos essa cláusula de preferência na renovação. Que tenha sucesso, que tenha sorte. Que a gente possa ter vitórias. No futebol, não é só o treinador, o dirigente só fica enquanto tem vitótias. É o que faz solidificar o trabalho.


Jornalistas valorizam postura da nova diretoria do Flamengo com finanças



A postura da recém empossada diretoria do Flamengo quanto às finanças do clube carioca promoveu uma mudança significativa nos últimos dias. No sábado, Dorival Jr. foi demitido por não aceitar a redução salarial proposta pelo Rubro-negro, e já nesta última segunda-feira o tetracampeão Jorginho foi apresentado na Gávea como novo técnico. No "Bem, Amigos", o apresentador Luis Roberto questionou os altos valores dos técnicos diante de um cenário que muitas vezes é deficitário.

- Vivemos um momento em que o futebol está gastando um dinheiro que ele está se recusando a arrecadar. Como se pode ter um técnico de 3 milhões de euros por ano e jogar para mil pagantes? - questiona o apresentador.

 Para o jornalista Wagner Vilaron, o valor recebido pelos treinadores e outros personagens do futebol não seria o problema, já que vê esse patamar andar de acordo com a lei de mercado do esporte, mas sim a falta de responsabilidade de quem contrata profissionais que não pode pagar.


jorginho flamengo apresentação (Foto: Alexandre Vidal / FlaImagem)
- De fato é complicado quando se raciocina desse ponto de vista. Mas tem o outro lado. Os clubes brasileiros nunca arrecadaram tanto dinheiro. Dependendo do caso, certos profissionais justificam um investimento maior, mesmo que seja acima da média. Em outros casos surge o desespero do clube, que está numa situação complicada e fica refém da pedida do treinador. Mas se tem quem pague, acho que não tem problema nenhum o sujeito receber. O que tem que se cobrar é a responsabilidade de quem faz a proposta. Acho que neste ponto é que o Flamengo está mudando - ressalta o comentarista.

O jornalista Bob Faria também afirma que o principal problema é com a responsabilidade de quem dirige e planeja.

- Acho que o problema passa pela responsabilidade de quem assina o cheque. No momento em que faz o planejamento e deixa de ter responsabilidade pelo buraco que vai deixar, ele faz qualquer maluquice. E isso está mudando. Não faltam exemplos hoje no futebol brasileiro de times que passaram por saneamento em suas finanças e conseguem fazer equipes muito competitivas de maneira muito responsável.

Vilaron vê a saída de Dorival Jr. como um fato natural diante da circunstância que vive o Flamengo, agora sob a presidência de Bandeira de Mello.

- Lamento essa saída de técnico, mas no caso específico do Dorival acho natural, porque houve uma mudança de diretoria e filosofia no Flamengo. E fazer essa mudança com um profissional que já vem do tempo da mentalidade antiga talvez fique mais difícil. O novo técnico, o Jorginho, já chega com essa nova mentalidade.

Dorival Junior, Flamengo x Resende (Foto: Ivo Gonzalez/Agência O Globo) 
Dorival Junior não aceitou redução salarial proposta pelo Flamengo (Foto: Ivo Gonzalez/Agência O Globo)

Bob Faria também destaca que o clube carioca pode dar um passo importante para mudar sua própria imagem.

- Até muito recentemente, o que a gente via, especialmente no Flamengo, era que isso estava no DNA do clube, de ser essa bagunça. Parece que está no topo da pirâmide do Flamengo a frase do Vampeta que ninguém esquece: "Eu finjo que jogo e eles fingem que pagam". Se isso mudar na concepção do clube, talvez ele consiga se reestruturar e ganhar credibilidade.


A hora de Jorginho: dez missões para o novo técnico do Flamengo

 Jorginho chega com discurso firme e assegura que está preparado para assumir o Flamengo. Apesar da pouca bagagem como treinador – o Rubro-Negro é apenas o seu quinto clube -, tem a passagem pela seleção brasileira como parâmetro e maior escola. De 2006 a 2010, foi auxiliar do amigo Dunga. O Brasil caiu nas quartas de final da Copa do Mundo da África do Sul, e a dupla se viu cercada de críticas, principalmente pela forma como se portou em episódios polêmicos.

O ex-lateral inicia um trabalho cujo principal foco é estruturar uma equipe que passou por reformulações importantes com a chegada da nova diretoria. A reboque do desafio principal, o novo comandante tem metas paralelas, que envolvem o crescimento de atletas saídos das categorias de base, a mescla de experiência e juventude, o rendimento dos reforços e definir um padrão de jogo.

Jorginho assume o leme rubro-negro com o time em situação instável no Carioca. Depois de fazer a melhor campanha da Taça Guanabara, foram dois duros golpes: eliminação na semifinal e derrota para o Resende na estreia do time na Taça Rio. O tetracampeão terá seis partidas para levar o Rubro-Negro à semifinal do returno: Boavista, Bangu, Audax, Duque de Caxias, Fluminense e Macaé.

A largada será importante, porque fundamental é manter a chance de título do Carioca. Paralelamente, Jorginho terá que pensar em nomes que possam suprir as carências do grupo, mas que só chegarão depois do estatual. Com contrato até o fim de 2014, Jorginho terá que cumprir objetivos a curto, médio e longo prazo. Dez deles são listados abaixo pelo GLOBOESPORTE.COM.

Ir à final da Taça Rio - a queda na semifinal da Taça Guanabara deixou jogadores e torcedores frustrados, já que o time surpreendeu ao ser o melhor da fase classificatória. Jorginho assume com a missão de conduzir o time novamente aos jogos decisivos e evitar que, pelo segundo ano seguido, o Flamengo fique fora das duas decisões de turno.

Entrosamento rápido com o grupo - o técnico disse que conhece a maioria dos jogadores do elenco, vinha acompanhando as partidas do time, mas quer se aproximar de cada atleta o mais rápido possível para saber o que pode esperar deles. Jorginho terá de agir o mais depressa possível e fazer com que o grupo assimile sua filosofia de trabalho.

Fazer o time jogar sob pressão - dono da melhor campanha da primeira fase da Taça Guanabara, o Flamengo de 2013 deixou evidente a dificuldade de jogar em situações de pressão nas derrotas para Botafogo e Resende. Nas duas únicas vezes em que esteve atrás no placar no ano, a equipe se desesperou e não demonstrou poder de reação. Em ambos os casos, apelou para bolas aéreas e, de forma desorganizada, pouco assustou os adversários.

Consolidar apostas da base - campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2011, o Flamengo tem uma geração de novos talentos promissora, mas que não consegue se firmar entre os profissionais. Se nomes como Negueba e os gêmeos Anderson e Alex seguiram outros rumos, ainda há esperança na afirmação de Rafinha, Thomás, Adryan, Rodolfo, entre outros. O primeiro, por sinal, vive fase de questionamentos após início avassalador e começa a ser questionado. Wellington Nem, eleito revelação do Brasileirão 2011 sob comando de Jorginho, no Figueirense, é exemplo a ser seguido.

Variação tática - com um 4-3-3 pautado na velocidade de Rafinha e nos contra-ataques, o Flamengo pouco criou diante de equipes bem postadas defensivamente. Em vantagem no placar, Botafogo e Resende não deram espaços na defesa e não tiveram muita dificuldade para administrarem as partidas diante do Rubro-Negro. Na chegada, ele disse que é adepto do 4-2-3-1.
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Fazer Carlos Eduardo render - o camisa 10 disputou três partidas como titular sob o comando de Dorival Júnior e não conseguiu se destacar. Contra o Resende, o ex-técnico o colocou no banco. O meia-atacante entrou no segundo tempo e se esforçou, mas ainda está fora do ritmo ideal. Contratado para ser um dos condutores do time, Carlos Eduardo ainda não vingou.

 Dar estabilidade à defesa -  depois de conseguir ser a melhor da Taça Guanabara, a defesa rubro-negra começa a Taça Rio pressionada. O desempenho contra Botafogo e Resende mudou o cenário e começou a gerar questionamentos sobre a dupla ideal. Alex Silva e González foram titulares no último jogo de Dorival, mas Wallace e Renato Santos brigam por um lugar. Os jovens Frauches e Fernando também estão no grupo.

Ter empatia com a torcida - Jorginho chega ao Flamengo com bom respaldo da torcida, mas sem grande margem para erros. Afinal, Dorival Júnior foi questionado durante todo o segundo semestre do ano passado e depois da eliminação na Taça Guanabara. É por isso que os primeiros jogos são tão importantes. Se engatar uma sequência de vitórias em um período que inclui o clássico com o Fluminense, ele dará um grande passo para ter a parceria das arquibancadas. Conta a favor de Jorginho o fato de ter sido jogador do Flamengo. Ele conquistou o Carioca de 86 e o Brasileiro de 87.

Incentivar a integração profissional-base - recém-chegado de um período de estágio no Real Madrid e no Barcelona, o treinador contou que ficou encantado com o que viu principalmente no clube catalão. O mesmo estilo de jogo do time de cima é implantado desde as categorias mais baixas. Jorginho espera ajudar a tornar esta filosofia uma realidade no Flamengo.

Cumprir contrato até o fim - logo em sua primeira entrevista coletiva, Jorginho disse que chega ao Flamengo com um contrato de dois anos, mas que acredita que a passagem pelo clube não terminará por aí. Trabalhos longos, no entanto, não são nada comuns no clube, que teve seis técnicos desde 2010. O último a ficar mais tempo foi Vanderlei Luxemburgo, de outubro de 2010 a fevereiro de 2012.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Voz de Jorginho com o elenco, Léo Moura aposta: 'Vai dar liga'


Jorginho Leo Moura treino Flamengo (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem)
A posição de lateral-direito e o número 2 nas costas já criariam uma ligação natural entre Jorginho e Leonardo Moura. O novo treinador do Flamengo, no entanto, quer que a relação vá além disso. Ciente da importância de ter um representante dentro de campo, ele já elegeu o capitão como sua voz no elenco rubro-negro e tratou de fazer a aproximação já no primeiro encontro, nesta segunda-feira, no Ninho do Urubu.

Em bate-papo rápido antes do treinamento, Jorginho expôs seus planos para o lateral, que prontamente aceitou a missão. Há oito anos no Flamengo, Léo Moura é o jogador mais experiente do elenco e vislumbrou uma parceria do sucesso com o novo treinador.

- Já pude conversar um pouco e ele me pediu para ser esse elo entre técnico e time. Até por estar aqui há tanto tempo, conhecer o clube como liderança... Há ainda o Renato, Cléber Santana, Felipe...  Estamos todos aí para ajudar. Já conhecia o Jorginho há algum tempo. É um treinador participativo, que usa a experiência que teve no futebol. Acredito que vai dar liga, que vai dar muito certo aqui no Flamengo. Ele pode ter sucesso como teve no Figueirense, que é o que todo mundo pega como referência - disse o atual camisa 2.

Em suas primeiras palavras na sala de entrevista do CT, Léo Moura fez questão de elogiar e desejar sucesso a Dorival Júnior. Em seguida, não poupou elogios a Jorginho, principalmente por sua personalidade, e se mostrou empolgado também com o convívio com um dos grandes nomes de sua posição na história do futebol brasileiro.

- Ganhamos um cara correto, que fez sucesso por onde passou. Um cara da minha posição. Espero poder aprimorar um pouquinho. É quem chega para somar, ajudar, conhece o clube, sabe como funciona, e estamos dispostos a dar a mão para quando precisar.

Dono da camisa 2 do Flamengo entre 1984 a 89, Jorginho disputou 246 jogos pelo clube e marcou oito gols, além de ter sido campeão carioca de 86 e brasileiro de 87. A marca já  foi superada com sobras por Léo Moura pelo Rubro-Negro. Desde 2005, o lateral já entrou em campo 420 vezes, com 43 gols marcados e seis títulos: o Brasileiro de 2009, a Copa do Brasil de 2006 e os Cariocas de 2007, 2008, 2009 e 2011.


Indicado por Jorginho, Joelton Urtiga é o novo preparador físico do Flamengo


A diretoria do Flamengo definiu na tarde desta segunda-feira o nome do novo preparador físico. Joelton Urtiga assume o lugar de Celso de Rezende, que deixou o clube no sábado junto com Dorival Júnior. O diretor de futebol Paulo Pelaipe buscava um nome de sua escolha, mas acertou com o indicado por Jorginho. Eles trabalharam juntos no Figueirense, em 2011, quando o treinador quase levou o time catarinense à Libertadores da América por conta da boa campanha no Brasileirão.

Joelton Urtiga, novo preparador físico Flamengo (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem) 
Joelton Urtiga, novo preparador físico Flamengo, já trabalha com o time (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem)

Apresentado na manhã desta segunda, na Gávea, Jorginho chega com o auxiliar Aílton Ferraz. A dupla começou a trabalhar em 2005, quando o ex-lateral assumiu o América, sua primeira equipe como técnico. A exemplo de Joelton Urtiga, Ailton também esteve com Jorginho na passagem pelo Figueirense. Técnico e auxiliar têm contrato com o Rubro-Negro até o fim de 2014.



A mil por hora, Jorginho comanda primeira atividade no Flamengo

Muito papo, gritos de incentivo, correria e tempo até para usar o bom humor. Jorginho chegou a mil por hora no Flamengo. No primeiro treinamento sob seu comando, na tarde desta segunda-feira, no Ninho do Urubu, o elenco rubro-negro pôde perceber que terá pela frente um comandante inquieto e que gosta muito de usar a voz: seja para orientar, motivar ou brincar. Taticamente também ficou evidente um perfil que prioriza a posse de bola.

Jorginho Ailton treino Flamengo (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem) 
Jorginho começa a trabalhar em campo, ao lado de Ailton e Jaime (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem)
 
No primeiro contato, Jorginho fez questão de se apresentar aos jogadores em uma longa conversa ainda no vestiário, que durou pouco menos de uma hora. Em seguida, quase todo o grupo seguiu para o campo 5 do centro de treinamento. Adryan, liberado para acompanhar o nascimento da filha, Felipe, com uma gastroenterite, e Cáceres e Gonzálezque estão a serviço das seleções paraguaia e chilena, respectivamente, foram as ausências. Já com bola rolando, o que se viu foi um treinador bastante participativo e atento aos detalhes.

Sem a presença dos goleiros, que fizeram trabalho específico, Jorginho dividiu o elenco em dois grupos para um trabalho técnico de dois toques em campo reduzido. O treinador orientava e incentivava os comandados, movimentando-se de um lado para outro, enquanto o auxiliar técnico Aílton Ferraz fazia o mesmo no lado oposto.

Na sequência, o novo técnico do Flamengo manteve o perfil do treinamento, que forçava o raciocínio rápido nos passes e a posse de bola. Desta vez, porém, todos os jogadores trabalharam juntos. Ao explicar a atividade, que tinha como objetivo fazer a bola chegar a Fernando e Mattheus, localizados em laterais opostas do campo, Jorginho brincou:

- Serão dez minutos e depois encerra. Olha que molezinha!

Capitão da equipe, Léo Moura elogiou o estilo agitado do técnico, com quem já tinha trabalhado pela seleção brasileira.

- Treinador participativo é sempre bom. Ele motiva bastante o grupo. Isso é bom.

Sobre o treinamento em si, o lateral-direito deixou clara a preocupação de Jorginho em fazer com que a equipe trabalhe a bola com maior paciência.

- Ele sabe a qualidade que o time tem, dos jogadores que temos no meio, e precisamos trabalhar mais a posse de bola. Às vezes, temos muita pressa para chegar ao gol adversário. O Flamengo tem de ficar o maior tempo possível com a bola no pé e atacar na hora certa.

No segundo dia de trabalho de Jorginho, o elenco rubro-negro treina em período integral no Ninho do Urubu na terça-feira. O treinador estreia no próximo sábado, às 18h30m (de Brasília), contra o Boavista, pela segunda rodada da Taça Rio.



Zico aprova contratação de Jorginho: 'Conhece bem o Flamengo'


zico, romário e jorginho, pelada de fim de ano 2009 (Foto: Divulgação)
Em sua primeira entrevista como técnico do Flamengo, no fim da manhã desta segunda-feira, na Gávea, Jorginho fez reverências a Zico. O tetracampeão disse que aprendeu muito no tempo em que esteve ao lado do maior ídolo do clube. Juntos, foram campeões do Carioca de 1986 e do Campeonato Brasileiro de 87. O Galinho de Quintino comentou a escolha da diretoria do clube e aprovou o nome do ex-lateral-direito. Zico disse que espera que Jorginho, que assinou contrato até o fim de 2014, tenha condições de desenvolver seu trabalho. Ele comandará o primeiro treino na tarde desta segunda, no Ninho do Urubu, e estará na área técnica na partida contra o Boavista, sábado, no Engenhão. 

- É um grande profissional e só tenho que desejar muito sucesso para ele. A gente tem que falar sempre a verdade, é um cara que vi seus trabalhos, independentemente de amizade, vi como treinador, não chegou à toa na Seleção, foi um ótimo auxiliar do Dunga na Seleção. Vi o trabalho no Kashima e é um ótimo profissional. Conhece bem o Flamengo, sabe das necessidades. Quando sou consultado, eu procuro sempre ser franco e verdadeiro, mas não indico ninguém. É um cara que tem competência e tomara que seja feliz no Flamengo, independentemente de ser meu amigo ou não. Que o clube ofereça a ele boas condições de fazer um bom trabalho – disse, em entrevista à “Rádio Brasil”.

Para Zico, o passado de Jorginho no clube vai ajudar o novo treinador. O eterno camisa 10 espera que os torcedores

- A torcida do Flamengo procura separar. Lógico que tem carinho e respeito pelo que ele construiu lá. E isso é um ponto a mais. É um cara que a torcida pode confiar, porque ninguém muda de jogador para treinador. Espero que a torcida o ajude, porque o torcedor precisar estar junto, isso sempre foi uma marca do Flamengo.

Confira outros trechos da entrevista de Zico:

Saída de Dorival e momento do Fla

Nenhum torcedor gosta de derrota. O Flamengo vinha bem, não conseguiu chegar à final (da Taça Guanabara), apesar da melhor campanha, mas acho que quando ele (Dorival Júnior) estava acertando o time, perdeu o Nixon e não encontrou outro jogador com as mesmas características. Mas faz parte do jogo, é um time jovem, com muitas caras novas. Espero que eles possam recuperar isso o mais rápido possível. O que chateia é um jogador hoje precisar de dois, três meses para estar bem. Isso não dá para entender.

Nota: depois que Nixon se machucou, Carlos Eduardo assumiu a posição no ataque rubro-negra. Em três partidas, no entanto, o camisa 10 não conseguiu se destacar por falta de ritmo de jogo.

Futebol como prioridade do Flamengo

Sempre foi o carro-chefe de todas as modalidades, com todo o respeito, não vou mudar minha opinião. O Fla sempre teve o futebol como número 1, respeitando as outras modalidades. E claro que vai continuar fazendo, mas tudo ao seu tempo. Não adianta eu falar aqui porque não estou vivendo o dia a dia, essas coisas quem pode falar são eles que sabem o que é preciso e não eu.

Nota: no início deste mês, a diretoria do Flamengo anunciou o fim das equipes profissionais de ginástica olímpica e judô. Antes, havia feito o mesmo com a equipe de natação. 

Seleção Brasileira

Não tenho saudade, não. Esses jogos vão ser bons para a Seleção e que sirva para avaliação do Felipão que está chegando à Seleção.



Lédio Carmona aposta no sucesso de Jorginho: 'Muito bem escolhido'


A chegada de Jorginho, novo técnico do Flamengo, à Gávea foi aprovada pelo comentarista do SporTV Lédio Carmona. O jornalista elogiou as passagens do treinador pelo Figueirense, pelo América-RJ e pela Seleção (como auxiliar de Dunga) e, na sua opinião, conseguirá bons resultados na temporada.

- O Jorginho não é uma aposta, é um tiro certo. O Jorginho é um treinador que conhece futebol e tem bom senso. O Flamengo acertou. Acho difícil que o Jorginho não consiga colocar o Flamengo nos trilhos. Não sei se vai ser campeão, ganhar títulos. Mas o nome foi bem escolhido - afirmou o comentarista, no "Redação SporTV" desta segunda.



Jorginho flamengo apresentação (Foto: Alexandre Vidal / FlaImagem) 
Jorginho foi apresentado como novo técnico do Fla nesta segunda (Foto: Alexandre Vidal / FlaImagem)
 
Para Lédio Carmona, o único ponto negativo na troca de comando foi a demora de três meses. O jornalista acredita que a demissão de Dorival Júnior já era esperada com a mudança na presidência do clube.

- É uma ótima escolha. Só acho que poderia ter mudado em janeiro. O Flamengo perde três meses com a permanência do Dorival Júnior, porque todo mundo já sabia que esse não era o desejo da atual diretoria.

O narrador Luiz Carlos Júnior, do SporTV, acredita que Jorginho, por ter sido jogador do Flamengo por cinco anos, conhece bem o clube e poderá repetir o sucesso com o Figueirense, em 2011, quando terminou o Brasileirão em sétimo lugar.

- O Jorginho fez um belo trabalho no Figueirense. Ele teve uma grande experiência. Foi um ótimo jogador, jogou na Alemanha e no Japão. Ele conhece bem o Flamengo e as suas peculiaridades.

A estreia de Jorginho como técnico do Flamengo será no próximo sábado, contra o Boavista, no Engenhão, às 18h30m (de Brasília).

Raio-x: Flamengo faz diagnóstico da base para traçar planejamento


Marcos Biasotto coordenador das categorias de base do Grêmio (Foto: Reprodução / Facebook Oficial)
O comando da base do Flamengo está há cerca de um mês nas mãos de Marcos Biasotto. Homem de confiança do diretor executivo Paulo Pelaipe, ele é responsável por mapear o trabalho que tem sido realizado nas categorias amadoras do futebol do clube. Biasotto faz um raio-x do trabalho para que o planejamento seja revisto e novos projetos comecem a ser criados e desenvolvidos com os garotos que estão sendo formados no clube.

- Neste primeiro momento, estamos fazendo um diagnósico na base para que a gente veja o que está acontecendo e o que era feito. Depois, vamos apresentar um relatório para a vice-presidência de futebol, ao Wallim Vasconcellos, e vamos começar a colocar em prática aquilo que queremos - explicou Pelaipe.

Antes da chegada de Biasotto, a base rubro-negra estava sob os cuidados de Carlos Noval e Carlos Brazil, que continuam no clube. Até o mês passado, o técnico Paulo Henrique, que comandou o time campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2011, auxiliava na transição entre juniores e profissionais. Ele foi desligado do clube.  

Ex-jogador do São Paulo, Biasotto iniciou a carreira fora dos gramados treinando o time juvenil do Paulista de Jundiaí de 1996 a 1998, época em que trabalhou na coordenação da equipe. Depois, foi auxiliar técnico no Fortaleza, em 2004, São Caetano, no mesmo ano, e no Bahia em 2005. No fim daquele ano, assumiu o departamento técnico e de formação do Atlético-PR, ficando até 2007. Dois anos depois, passou a coordenar as categorias de base do Palmeiras até fevereiro de 2011. Em seguida, foi para o Grêmio, assumindo tarefa parecida com a que tem desenvolvido no Flamengo.
 
A contratação de Biasotto foi feita por Paulo Pelaipe. As categorias de base do clube devem passar por mudanças significativas a partir do raio-x. Primeiro, ocorre o mapeamento dos atletas. Depois, a definição daqueles que apresentam potencial para serem utlizados na equipe profissional com o passar dos anos.

Hoje, o grupo principal do Flamengo conta com vários jogadores criados na base: Rafinha, Adryan, Nixon, Mattheus, Luiz Antonio, Thomás, Lucas e Frauches. Emprestado pelo Madureira, Rodolfo também jogou na equipe de juniores. Rafinha e Rodolfo são os que têm conseguido maior destaque e tiveram os contratos renovados por cinco e quatro anos, respectivamente.

Apresentado nesta segunda-feira como técnico, Jorginho disse que o trabalho na equipe profissional tem de estar alinhado com as categorias de base. No início do mês, ele visitou os centros de treinamento de Barcelona e Real Madrid e disse que essa é uma das principais preocupações do dois gigantes europeus, principalmente do Barça.


Sorridente, Jorginho chega ao Fla e se diz mais maduro e bem preparado



A camisa com o número 2 nas costas deu lugar a uma social, azul, bem alinhada. A posição, no entanto, continuou a mesma: a lateral direita. Desta vez, da mesa de entrevistas do auditório Rogério Steinberg, na Gávea. Vinte e quatro anos após deixar o clube e seguir para o futebol alemão, Jorginho está de volta ao Flamengo. Suas primeiras palavras como treinador rubro-negro foram acompanhadas de sorrisos, reverências ao ídolo Zico e uma preocupação evidente: desvincular sua imagem de qualquer polêmica envolvendo religião ou herança da conturbada parceria com Dunga, no comando da seleção brasileira.

Com oito anos de carreira - começou no América, em 2005 -, Jorginho repetiu algumas vezes a palavra maturidade em seu discurso. Embates como os que protagonizou com a imprensa no ciclo até a Copa de 2010, segundo ele, darão lugar ao diálogo, mesma postura que garante ter com seus jogadores dentro de campo. De um ponto, no entanto, o ex-lateral não abre mão: a disciplina.

- A questão é muito clara: aqui é profissional. Religião é uma coisa extra, cada um nada sua, como diz o Aílton (Ferraz, auxiliar técnico). O tempo passou, e a gente amadurece. Sei que tivemos algumas situações difíceis em termos de Copa do Mundo, mas já passou. Como eu disse, nós amadurecemos com o tempo. Sou uma pessoa de diálogo. Vou procurar sempre ser educado. Se em algum momento perder o rebolado, vai ser de momento, mas procuro ter sempre o bom relacionamento.

Jorginho flamengo apresentação (Foto: Alexandre Vidal / FlaImagem) 
Jorginho citou Zico: "Ele me ensinou sobre como ser profissional" (Foto: Alexandre Vidal / FlaImagem)

Aos 48 anos, Jorginho, enfim, assume o Flamengo, após duas recusas, em 2009 e 2012. Em ambos os casos justificadas por não ter como se desvincular de compromissos já assumidos, com a Seleção e o Kashima Antlers. A espera fez bem, e o treinador garante que desembarca na Gávea mais bem preparado para o desafio.

- É uma enorme satisfação estar retornando ao Flamengo após a passagem de 1984 a 89, quando tive a honra de defender o Flamengo. Tive a chance de ser campeão brasileiro, carioca, e jogar com o nosso maior ídolo, que foi o Zico. Ele me ensinou muito sobre como ser profissional, o que é ser profissional. Trabalhamos juntos no Kashima. É uma alegria, grande desafio, mas estou muito bem preparado.

Aos 48 anos, Jorginho assinou contrato com duração até dezembro de 2014 e já comanda o treinamento da tarde desta segunda-feira, no Ninho do Urubu. Com ele, chega ao clube o também ex-jogador Aílton Ferraz, como auxiliar técnico. O restante da comissão técnica passará a ser permanente do clube. Confira abaixo os principais trechos da entrevista coletiva:

Propostas anteriores

- A grande mudança é que agora eu estava livre. Em 2009, estava na Seleção e sabia que não era possível dividir. Tudo que acontecesse lá ia respingar aqui e aqui ia respingar lá. Na ocasião, Marcos Braz fez uma proposta, conversei com o Dunga e o Américo (Faria), mas optamos por não aceitar. Depois, no Kashima, tinha um compromisso. Tudo no clube girava em torno do meu nome, o trabalho de marketing, tudo, e precisava respeitar isso. Agora, chego em um momento oportuno. Acabei de vir de um período no Real Madrid, no Barcelona, e estava disponível.

Trabalho no Figueirense como exemplo

- É muito legal esse link com o Figueirense. Não há nada a ver uma equipe com a outra, mas é um momento de transição, de investir no jovem, na base, de pagar em dia. É uma filosofia que tivemos a experiência lá e no América. Isso é muito legal. Paga-se menos, mas em dia. Temos que ver o potencial dos atletas que temos aqui, formar a equipe e, dentro das necessidades, reforçar para o Brasileiro.

Esquema de jogo

- Tenho uma forma de jogar: o 4-2-3-1. Mas tudo vai do que você tem na mão, do adversário. É necessário estar flexível de acordo com a necessidade que temos. Dentro de uma partida, podemos ter até três esquemas.

Aposta nas categorias de base

- No Figueirense, pudemos aproveitar jovens da base, dar o moral e a atenção necessária para entrar aos poucos na equipe. A responsabilidade de ter que dar certo aumenta muito a pressão sobre o jogador. Trabalhar com os jovens é um objetivo. Precisamos mais disso. O futebol está rápido hoje em dia. O jogador surge e logo é vendido. É preciso formar atletas, e o Flamengo tem esse potencial. É preciso jogar com velocidade, e podemos fazer isso. Temos o Rafinha, o Nixon, o Thomás... Todos que fazem meio o que fazia o Wellington Nem (na época de Figueira).

O novo Flamengo

- É um tempo muito diferente. Fica quase que impossível comparar. Quando você tem o Zico, tem uma referência, o grande nome, craque e exemplo profissional. Cheguei aqui sem ele, mas em 1985 já estava de volta. Naquela época, joguei com um dos maiores laterais do mundo, que foi o Leandro. Era uma equipe formada. Hoje, é um time em formação.

Ailton ferraz jorginho flamengo apresentação (Foto: Alexandre Vidal / FlaImagem)
 Pressão

- A exposição é grande. Creio que a Seleção é algo ao extremo. Aqui também é grande. Assim é o Flamengo, os grandes clubes Joguei aqui, sei como é a pressão. Não é fácil vencer no Flamengo. O Figueirense, em nível local, também tem uma pressão muito forte em Florianópolis.

Contato com Zico

- Ainda não nos falamos. Ele é muito ético. Como ele disse, não vai se envolver nessas questões, será mais um conselheiro. Como tudo foi muito rápido, muito tumultuado, não tive a oportunidade de atender o telefone.


Ailton, também ex-jogador do Fla, será auxiliar de Jorginho (Foto: Alexandre Vidal /   FlaImagem)

Intercâmbio na Espanha

- Foram 15 dias no Real Madrid e, principalmente, Barcelona. Vi muitas coisas interessantes. Falar de organização é chover no molhado, mas tudo é filosofia de trabalho e de jogo. Não é questão de um sistema tático definido, é uma filosofia trabalhada desde o garoto com oito anos até o profissional. Fizemos um raio-x de tudo. É algo extremamente positivo, há uma proximidade entre todas as categorias. Não adianta o treinador pensar só no profissional. Todo trabalho deve ser feito para o clube, para o futuro do clube.

Referências como treinador

- Falar dos treinadores é difícil, até por ter trabalhado com muitos. Mas lembro do saudoso Djalma (Dias), que foi meu primeiro e disse: “Jogar de zagueiro, não. Vai ser lateral”. Tive outros grandes como Edu, Zagallo, Beckenbauer, Parreira, e muitos outros que não tiveram tanto nome, mas me ajudaram muito. Observava muito a questão do Beckenbauer, esse "gentleman" que é o Parreira... Para ser um grande treinador e motivador, é preciso de calma. Tem que ser amigo do jogador, mas com uma certa distância. Por isso, é importante o auxiliar. É difícil me definir, mas sou muito disciplinador. Lógico que tem que ter a conversa, o diálogo. Vim para um clube vencedor e eu sou um vencedor.

Religião

- A questão é muito clara: aqui é profissional. Religião é uma coisa extra, cada um nada sua, como diz o Aílton (Ferraz, auxiliar técnico). O tempo passou, e a gente amadurece.

Relação com a imprensa

- Sei que tivemos algumas situações difíceis, mas já passou, em termos de Copa do Mundo. Como eu disse, nós amadurecemos com o tempo. Sou uma pessoa de diálogo. Vou procurar sempre ser educado. Se em algum momento perder o rebolado, vai ser de momento, mas procuro ter sempre o bom relacionamento.

A carreira de Jorginho

Ex-lateral-direito do Flamengo, Jorginho iniciou sua carreira de treinador no mesmo clube no qual se tornou jogador profissional: o América. Em 2005 e 2006, teve boa passagem pela equipe e ficou marcado por uma polêmica ao querer mudar o mascote do clube. Evangélico, tentou substituir o diabo por uma águia. Jorginho deixou a equipe para ser auxiliar técnico de Dunga na Seleção que acabou eliminada nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.

Pouco depois do Mundial, foi anunciado pelo Goiás, mas foi demitido dois meses depois, com o time praticamente rebaixado para a Série B do Brasileiro. Em março de 2011, acertou com o Figueirense e teve boa campanha no campeonato nacional, ficando perto de conseguir a vaga na Libertadores. Depois, acertou com o japonês Kashima Antlers (clube que já tinha defendido como jogador) e ficou ao longo de toda a temporada 2012. Lá, foi apenas o 11º colocado no Campeonato Japonês, mas levou o título da Copa da Liga Japonesa.

No início do mês, ele visitou os centros de treinamento de Barcelona e Real Madrid "em busca de reciclagem".


Flamengo e Flu vencem e avançam na Copa Rio de Fut 7; Jogo do Bota é adiado


O fim de semana foi de quartas de final na Copa Rio de Futebol de 7. As partidas, válidas pelos Módulos A e B, foram realizadas no Iate Clube Jardim Guanabara, no Rio de Janeiro, e apontaram os semifinalistas da competição. Fluminense, Flamengo, vasco, Portuguesa, América, Madureira e Bangu bateram seus advsersários e garantiram suas vagas. O último jogo da rodada, entre Botafogo e Boavista, precisou ser adiado devido à forte chuva que saiu sobre o Rio.

Felipe Falcão, Flamengo, Copa Rio de Fut 7 (Foto: Davi Pereira / Jornal F7) 
Felipe Falcão jogou bem e ajudou o Fla a bater o Olaria (Foto: Davi Pereira / Jornal F7)

Na primeira partida do dia, Portuguesa e Serrano travaram um duelo com sete gols. No final, melhor para a Lusa: 4 a 3. Destaque para os dois belos gols de Rennan Danado. Logo em seguida, o América se redimiu das últimas atuações na competição e venceu, com autoridade, o Rio de Janeiro. Seguro em campo, o Mecão fechou o placar em 3 a 1.

O jogo com o menor número de gols, nem por isso, foi o de menor emoção. Com equilíbrio do início ao fim, o Madureira conseguiu despachar o Macaé por 1 a 0 com  gol de Vinícius Gaúcho já nos últimos minutos de partida. O único confronto que precisou ser decidido nos shoot-outs, a disputa de pênaltis da modalidade, foi entre Fluminense e Duque de Caxias. Após o empate em 2 a 2 no tempo regulamentar, o Tricolor garantiu a vaga na semifinal.

O vasco, que entrou em campo mordido pela eliminação diante do Madureira na última rodada, voltou a jogar bem e bateu, sem maiores dificuldades, a equipe do Entrerriense: 3 a 1. Na partida entre Bangu e Ceres, um herói: o jovem Denílson. O atleta foi o destaque na apertada vitória do Bangu por 2 a 1, marcando os dois gols e garantindo a equipe na próxima fase.

O último grande a entrar em campo na rodada foi o Flamengo. O Rubro-Negro encarou o entrosado Olaria, que apesar da boa atuação, não conseguiu segurar o time da Gávea. Placar final de 3 a 1 para o Fla. Já o jogo entre Botafogo e Boavista, o último da rodada, precisou ser adiado devido à forte chuva que caiu sobre o Rio de Janeiro neste último domingo. O Boavista vencia a partida por 2 a 0 quando o árbitro decidiu interromper. A Federação de Futebol de 7 do Rio se pronunciará ainda nesta segunda-feira em relação à nova data do confronto.

Resultados das quartas de final da Copa Rio de Fut 7

Portuguesa 4x3 Serrano
América 3x1 Rio de Janeiro
Madureira 1x0 Macaé
Fluminense 2x2 Duque de Caxias (Vitória do Flu nos shoot-outs)
Vasco 3x1 Entrerriense
Bangu 2x1 Ceres
Flamengo 3x1 Olaria
Botafogo 3x1 Boavista

Vale ressaltar que, a essa altura da competição, as disputas do Módulo A (equipes classificadas na segunda fase) e Módulo B (equipes eliminadas na segunda fase) acontecem de maneira simultânea. Os times que perderam seus jogos nessa rodada, pela primeira vez dentro do campeonato, foram definitivamente eliminados. Ao final, duas equipes serão campeãs.



Uma Copa do Mundo e dois ‘nãos’ depois, Jorginho volta ao Flamengo


JOrginho kashima antlers (Foto: Divulgação)
Jorginho disse não ao Flamengo duas vezes depois que virou técnico de futebol, a partir de 2005. A primeira foi em 2009, antes da Copa do Mundo da África do Sul. O então auxiliar de Dunga no comando da seleção brasileira recebeu o primeiro convite. Depois de longas conversas com o amigo e parceiro, o ex-lateral chegou à conclusão de que eram duas coisas muitos grandes. O Flamengo aceitaria que ele conciliasse, mas o temor de comprometer os dois trabalhos o fez recusar a oferta. No ano passado, a diretoria do Rubro-Negro recorreu a Jorginho outra vez. Com contrato em vigor com o Kashima Antlers, do Japão, disse a Zinho, diretor de futebol do Flamengo na época, que não poderia quebrar o acordo com os dirigentes japoneses. Neste domingo, o tetracampeão, enfim, conseguiu dizer sim. A proposta feita pelo vice de futebol Wallim Vasconcellos e pelo diretor Paulo Pelaipe para substituir Dorival Júnior foi aceita de imediato. Ele tem contrato para comandar a equipe até o fim de 2014 e será apresentado às 11h desta segunda-feira.

Jorginho, de 48 anos, chega ao Flamengo em situação parecida com a que viveu no Figueirense em 2011, seu principal trabalho até aqui. Chegou no meio do Campeonato Catarinense, perdeu a semifinal em casa para o rival Avaí, mas foi mantido e quase levou o time à Libertadores com uma campanha elogiável. Aquele trabalho, alías, é considerado pelos dirigentes rubro-negros como a principal referênica de Jorginho. No Flamengo, o técnico terá a chance de trabalhar com o que ele chama de “start” bom. Isso porque o grupo ainda está em formação e a promessa do departamento de futebol é reforçá-lo para o Brasileiro e a Copa do Brasil. Antes, porém, precisa levar a equipe pelo menos à decisão da Taça Rio. A estreia será no sábado, no Engenhão, contra o Boavista.

Jorginho, batizado na Igreja de São Jorge, em Quintino, não se furta de reiterar sua fé evangélica, mas disse algumas vezes que não repetiria o discurso inflamado do episódio em que pediu que o mascote do América fosse mudado de diabo para uma águia. Ao longo da carreira, aprendeu a não misturar futebol e religiosidade.

 
 - Eu era um treinador jovem, imaturo, dei algumas declarações mais quentes. Nunca mais vai acontecer, foi coisa de momento. Não participo de orações, grupos e reuniões. Na Seleção, nunca participei. Foi assim no América, Goiás e Figueirense. Como jogador, eu participava – disse, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM no fim de 2011. 

Nos últimos dias, o nome de Jorginho correu entre a ala evangélica do grupo rubro-negro. Alguns jogadores aprovavam o nome do treinador.

No Flamengo, assim como na Seleção Brasileira, terá novamente sua capacidade de lidar com os jornalistas colocada à prova. Enquanto estiveram à frente do time canarinho, ele e Dunga adotaram a estratégia de abrir guerra contra a imprensa. Arrependeram-se. O treinador considera que errou em dois episódios em que foi para o embate com os jornalistas. O primeiro foi quando respondeu sobre as ausências de Neymar e Ganso na convocação para o Mundial da África do Sul:

- Estão falando do Neymar e do Ganso como se fossem o Pelé. Por que não olhar pelo lado bom? A Copa é muito importante, emprega muita gente. Nós vivemos disso aqui, muitos jornalistas vivem disso aqui e muitos brasileiros valorizam isso aqui – afirmou.

O segundo episódio ocorreu quando Jorginho acreditava que jornalistas deveriam fazer perguntas sobre a parte tática da equipe.

- Por que vocês têm sido tão críticos, têm levado tudo para o lado negativo, mas não têm coragem de perguntar, de conversar com a gente sobre a Seleção, o treinador, o nosso trabalho? - questionou.

Os quatro anos como auxiliar da Seleção mudaram a imagem de Jorginho, mas ele costuma dizer que continua sendo o mesmo da época em que jogava no Flamengo (campeão carioca em 1986 e brasileiro em 87), depois Bayer Leverkusen, Bayern de Munique, São Paulo e Vasco. Agora, chegou a vez de apresentar sua versão técnico no clube de maior torcida do Brasil.

Jorginho costuma usar uma frase diferente em cada apresentação para os jogadores. Uma das favoritas fala da confiança no trabalho.

"Você pode ser um campeão se ninguém mais acreditar em você, mas você jamais será um campeão se você não acreditar em você mesmo”.

Na despedida da LDA, Fla perde para o Lanus

Em sua despedida da Liga das Américas, o Flamengo perdeu para o Lanus, por 83 a 69, na noite deste domingo, na Argentina. Sem chances de classificação após a derrota de sábado para o Mavort, o treinador José Neto poupou jogadores já pensando na sequência do Novo Basquete Brasil (NBB). A equipe começou com Zanotti e Shilton entre os titulares, nos lugares de Caio e Marquinhos, respectivamente.

A equipe rubro-negra fez um primeiro quarto equilibrado, mas acabou caindo de produção e deixou o time argentino crescer no segundo e terceiro quartos. No final, o time ainda esboçou uma recuperação, mas não foi suficiente.  Olivinha foi o cestinha rubro-negro com 14 pontos e Kojo terminou com três assistências.

Na próxima quinta-feira, o Flamengo volta as atenções para o NBB, quando enfrentará o Joinville, às 20h, em Santa Catarina.

domingo, 17 de março de 2013

Edinho sobre Jorginho no Flamengo: 'É identificado e conhece bem o clube'


Agora é oficial. No fim da noite deste domingo, o Flamengo confirmou a contratação do técnico Jorginho para o lugar de Dorival Jr., que teve sua saída decretada no último sábado. O ex-lateral, tetracampeão mundial com a Seleção, já começa a trabalhar com o grupo rubro-negro nesta segunda-feira, no Ninho do Urubu. Para o ex-zagueiro Edinho, a identificação de Jorginho com o clube carioca é importante, além de ter sido uma indicação de Zico.

- Ele é muito identificado e conhece bem o clube, e tem uma certa experiência. Fez também um bom trabalho no Kashima (Antlers, no Japão). E me parece que é uma indicação do Zico. É uma boa para a equipe do Flamengo - avalia o comentarista do SporTV.




Jorginho (Foto: Getty Images) 
Último clube de Jorginho como técnico foi o Kashima Antlers, do Japão, em 2012 (Foto: Getty Images)

Já para o jornalista Carlos Eduardo Lino, o ideal era dar mais tempo para que o então técnico Dorival Jr. pudesse trabalhar por um maior período, mas vê Jorginho como uma boa opção diante das circunstâncias.

- Dada as circunstâncias, (é uma boa opção) sim. Eu teria ido com Dorival até o fim do Carioca, mas "Rei posto, rei morto" - afirma o comentarista no "Troca de Passes".

Como treinador, depois de iniciar a carreira no América-RJ, Jorginho foi auxiliar de Dunga na seleção brasileira, e em seguida passou pelo comando técnico do Goiás, Figueirense - onde quase conseguiu vaga na Libertadores - e, por fim, do Kashima Antlers.


Oficial: tetracampeão Jorginho é o novo treinador do Flamengo


jorginho kashima antlers (Foto: Getty Images)
Jorginho é o novo técnico do Flamengo. Em uma negociação rápida e que reforça as novas diretrizes do clube, o vice de futebol Wallim Vasconcellos e o diretor de futebol Paulo Palaipe acertaram a contratação do tetracampeão até o fim de 2014. Havia um acerto verbal entre as partes, mas uma reunião neste domingo, no Rio, concretizou o acordo. Jorginho começa a trabalhar já nesta segunda-feira (a apresentação oficial será às 11h) e estará na área técnica na partida contra o Boavista, sábado que vem, no Engenhão.

O ex-lateral-direito, de 48 anos, foi escolhido por conta do perfil jovem e de identificação com o clube, e também por se encaixar nas novas diretrizes financeiras. Ele receberá um salário na casa de R$ 300 mil, inferior ao de Dorival Júnior, que não chegou a um acordo de redução salarial e acabou desligado na tarde deste sábado.

- Jorginho é um profissional com larga experiência internacional, passagem pela seleção brasileira, íntegro, respeitado, com história no clube como jogador. Certamente é um ótimo nome para o futebol do Flamengo - disse o vice de futebol, Wallim Vasconcellos, ao site oficial do Rubro-Negro.

Jorginho chega com o auxiliar Aílton Ferraz, que também tem passagem pelo Flamengo. A diretoria vai contratar um preparador físico que vai integrar a comissão técnica permanente do clube. Via Twitter, o treinador se manifestou no fim da noite.

- Amigos, acertei um contrato de dois anos com o Flamengo! Muito feliz por retornar à nação rubro-negra e preparado para esse novo desafio!!! - disse Jorginho.

O diretor de futebol rubro-negro, Paulo Pelaipe, celebrou o acerto.

- Esperamos que Jorginho tenha como treinador mesmo sucesso que teve como jogador, que faça história no Flamengo - declarou Pelaipe.

Destaque no Figueirense em 2011 

 Ex-lateral-direito do Flamengo (campeão carioca em 1986 e brasileiro em 87) e da Seleção (titular e ganhador da Copa de 1994), Jorginho iniciou sua carreira de treinador no mesmo clube no qual se tornou jogador profissional: o América. Em 2005 e 2006, teve boa passagem pela equipe e ficou marcado por uma polêmica ao querer mudar o mascote do clube. Evangélico, ele tentou substituir o diabo por uma águia. 

Jorginho deixou a equipe para ser auxiliar técnico de Dunga na Seleção que acabou eliminada nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.

Pouco depois do Mundial, foi anunciado pelo Goiás, mas acabou demitido dois meses depois, com o time praticamente rebaixado para a Série B do Brasileiro. Em março de 2011, acertou com o Figueirense e a equipe teve boa campanha no campeonato nacional, ficando perto de conseguir a vaga na Libertadores. Depois, ele acertou com o japonês Kashima Antlers (clube que já tinha defendido como jogador) e ficou ao longo de toda a temporada 2012. Lá, foi apenas o 11º colocado no Campeonato Japonês, mas levou o título da Copa da Liga Japonesa.

No início do mês, ele visitou os centros de treinamento de Barcelona e Real Madrid "em busca de reciclagem".

Praticamente sem público, Fabiana Beltrame vence seletiva nacional


 Fabiana Beltrame seletiva de Remo Lagoa (Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo) A seletiva nacional do remo teve problemas com as más condições da Lagoa Rodrigo de Freitas na sexta e no sábado. E o mau cheiro, causado pela grande mortandade de peixes no local durante a semana, parece ter afastado a platéia das arquibancadas neste domingo, quando foram disputadas as finais. Mesmo sem a presença de espectadores, a remadora Fabiana Beltrame, do Flamengo, foi bem e venceu no feminino, seguida de Bianka Miarka, do Botafogo, e Beatriz Cunha, também do time da Gávea.

A equipe brasileira que representará o país nas competições internacionais previstas para este ano será formada a partir dos índices da seletiva nacional.

Entre os homens, Aílson Eráclito, Anderson Nocetti e Diego Donizette, foram os três primeiros, respectivamente. Nocetti foi o único representante brasileiro masculino no remo nas Olimpíadas de Londres, em 2012.

Fabiana Beltrame havia reclamado das condições do local durante a semana. Segundo ela, o mau cheiro certamente atrapalharia a seletiva nacional. A prefeitura reforçou o contingente de funcionários responsáveis pela limpeza da Lagoa e a quantidade dos peixes na própria sexta-feira já era bem menor.




seletiva de Remo Lagoa arquibancada vazia (Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo) 
Seletiva nacional do remo tem arquibancadas vazias (Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo)

Fla tem acerto verbal com Jorginho e espera apresentá-lo na terça-feira


jorginho kashima antlers (Foto: Divulgação/Site Oficial Kashima)
O anúncio oficial da contratação de Jorginho pelo Flamengo está próximo. Uma última reunião entre o técnico e dirigentes rubro-negros ocorrerá na tarde deste domingo, no Rio de Janeiro, para concluir o negócio. As partes têm um acordo verbal, e o clube pretende apresentar o tetracampeão nesta terça-feira. A ideia é que ele comande o time contra o Boavista, sábado que vem, na segunda rodada da Taça Rio.

O ex-lateral-direito, de 48 anos, foi escolhido por conta do perfil jovem e de identificação com o clube, e também por se encaixar nas novas diretrizes financeiras, determinantes para a demissão do antecessor. Até o fim do ano passado, ele treinava o Kashima Antlers, do Japão, e desde saída de Dorival Júnior, confirmada neste sábado à tarde, foi a principal opção rubro-negra. Alexandre Gallo, ex-Náutico e hoje à frente da seleção sub-20, chegou a ser cogitado nos corredores da Gávea.

Jorginho deve chegar apenas com um auxiliar, provavelmente o ex-meia Ailton Ferraz (também com passagem pelo Flamengo). O clube irá contratar um prepador físico que vai integrar a comissão técnica permanente, desejo do diretor de futebol Paulo Pelaipe desde a sua chegada.

Último trabalho foi no futebol japonês

Jorginho técnico Furnas (Foto: Reprodução / Twitter Furnas)Ex-jogador do Flamengo (campeão carioca em 1986 e brasileiro em 87) e da Seleção (titular e ganhador da Copa de 1994), Jorginho iniciou sua carreira de treinador no mesmo clube no qual se tornou jogador profissional: o América. Em 2005 e 2006, teve boa passagem pela equipe e ficou marcado por uma polêmica ao querer mudar o mascote do clube. Evangélico, tentou substituir o diabo por uma águia. Ele deixou a equipe para ser auxiliar técnico de Dunga na Seleção que foi eliminada nas quartas de final da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.

 Pouco depois do Mundial, foi anunciado pelo Goiás, mas acabou demitido dois meses depois, com o time praticamente rebaixado para a Série B. Em março de 2011, acertou com o Figueirense, e a equipe teve ótima campanha no Brasileirão, ficando perto de conseguir a vaga na Taça Libertadores, seu único grande trabalho em âmbito nacional. Nesta época, foi até sondado por Pelaipe para ir para o Grêmio, mas as conversas não evoluíram.

Depois, fechou com o japonês Kashima Antlers (clube que defendeu como atleta) e ficou ao longo de toda a temporada passada. Lá, foi apenas o 11º colocado na J-League, mas levou o título da Copa da Liga Japonesa. No início do mês, Jorginho visitou os centros de treinamento de Barcelona e Real Madrid, segundo o próprio, "em busca de reciclagem".

Jorginho esteve no Engenhão na quarta-feira e viu a derrota do Fla (Foto: Reprodução / Twitter Furnas)




Aumento salarial, falta de prestígio e desgaste, razões da saída de Dorival


Dorival Junior no treino do Flamengo (Foto: Ivo Gonzalez / Agencia O Globo)
Não chegou a ser um processo de fritura, como ocorrera com Vanderlei Luxemburgo no início do ano passado, mas a saída de Dorival Júnior do Flamengo, definida neste sábado, era desenhada há algum tempo. Com contrato até o fim do ano, o treinador foi mantido no cargo pela nova diretoria. Em caso de demissão, custaria um alto valor ao clube por conta da multa rescisória. Mas Dorival jamais esteve prestigiado pela gestão de Eduardo Bandeira de Mello. Pesava o fato de ter sido escolhido por Zinho, então diretor de futebol de Patricia Amorim. Nas últimas semanas, o técnico passou a ter decisões contestadas internamente, estava arredio e distante de ser unanimidade, inclusive entre os atletas. Os sinais de desgaste ficaram ainda mais evidentes depois da derrota por 3 a 2 para o Resende, de virada, na última quarta-feira, no Engenhão.

Neste sábado, ao confirmar a saída do treinador, a diretoria alegou que não houve acordo por redução salarial. Dorival se reuniu com Wallim Vasconcellos, vice de futebol do clube, que propôs um corte de 50%. O técnico disse que aceitaria reduzir 40% de seus vencimentos agora, e o restante em julho, quando estava previsto um reajuste de seu salário, mas o clube ficou irredutível. Sem acerto, optou-se pelo desligamento. O preço da comissão técnica não se enquadrava na nova realidade financeira do clube. Até o fim do ano passado, Dorival recebia R$ 450 mil mensais. Celso de Rezende e o auxiliar Ivan Izzo ganhavam R$ 90 mil. Já Lucas Silvestre, filho e auxiliar do técnico, tinha um salário de R$ 25 mil. Segundo o GLOBOESPORTE.COM apurou, o quarteto passaria a custar ao clube cerca de R$ 1,2 milhão a partir do próximo mês de maio. A remuneração do treinador chegaria perto da casa de R$ 800 mil, o que o colocaria no patamar dos mais bem pagos do país.

Além do preço, algumas decisões do treinador não agradaram. Na semana passada, por exemplo, Paulo Pelaipe falou abertamente sobre a opção de Dorival de deixar Nixon fora do banco de reservas na semifinal da Taça Guanabara, contra o Botafogo. O treinador alegou que o atacante estava machucado, mas o dirigente garantiu que foi uma opção técnica.

A maior parte da diretoria também criticou internamente a forma como o técnico escalava o meia-atacante Carlos Eduardo, principal reforço do time nesta temporada. O jogador vinha sendo utilizado como ponta pela esquerda, mas não conseguiu render.

O estilo de Dorival começava a gerar insatisfação entre alguns jogadores. O hábito de realizar longas reuniões antes e depois dos treinos, inclusive na frente da imprensa, não agradava.  

O treinador nunca esteve completamente à vontade desde que atual gestão assumiu. Com a derrota de Patricia na eleição, no início de dezembro, e a saída de Zinho, que não aceitou virar um subordinado do diretor executivo Paulo Pelaipe, Dorival também virou dúvida. A incerteza sobre a permanência se dava principalmente pela decisão de Pelaipe de fazer mudanças na comissão técnica. O diretor fazia questão de trazer um preparador físico de sua confiança para substituir Celso de Rezende, braço direito do comandante e amigo de longa data. Na segunda quinzena de dezembro, um encontro entre Dorival e a cúpula de futebol definiu a permanência, mas o treinador não conseguia ficar completamente confortável no cargo. Esse fato, inclusive, foi tema de debate entre  Zinho e o técnico no fim do ano passado.

Dorival chegou ao Flamengo em meio ao Brasileirão de 2012, em substituição a Joel Santana, que havia sido demitido. No total, ele comandou o time em 37 jogos, com 15 vitórias, 12 empates e 10 derrotas (aproveitamento de 51,3%).

Em 2013, conseguiu campanha quase irretocável na primeira fase da Taça Guanabara (sete vitórias e um empate), mas acabou eliminado na semifinal, diante do Botafogo (2 a 0). A estreia na Taça Rio não foi animadora: derrota de virada para o Resende (3 a 2), no Engenhão.

O grupo do Flamengo está de folga neste domingo e volta a treinar na tarde desta segunda-feira. Caso o novo treinador ainda não tenha assumido, a tendência é que Jayme de Almeida, auxiliar técnico permanente do clube, coordene as atividades.

MOSAICO - Demissão Dorival Junior Flamengo (Foto: Editoria de arte)

Saiba como foi a demissão do técnico Dorival Junior no Flamengo (Foto: Editoria de arte)