O Corinthians foi absolvido por unanimidade pelo Superior Tribunal de
Justiça Desportiva (STJD) na tarde desta segunda-feira pela suposta
escalação
irregular do volante Petros na partida contra o Coritiba, válida pela
13ª
rodada do Brasileiro. O tribunal, em decisão de primeira instância,
entendeu
que o clube não foi responsável pelo conflito entre a data de início do
contrato do jogador e o seu registro na CBF. Ainda cabe recurso da
entidade. O clube estava sujeito a perder quatro
pontos na tabela do campeonato e ser penalizado com multa de até R$ 100
mil. Os auditores, por outro lado, condenaram tanto a CBF como a
Federação Paulista de Futebol a pagamento de R$ 10 mil cada. A
Procuradoria pede que o valor seja doado para a organização Médicos Sem
Fronteira.
O Alvinegro mandou ao STJD como parte da defesa
Agenildo Bezerra Lima, que trabalha na parte de registros do clube. Ele
explicou todo o processo de registro do vínculo de Petros e o que foi
feito na ocasião. Depois, o advogado João Zanforlin também fez a defesa
do clube.
Os advogados do da CBF e da FPF também falaram
tentando evitar punições às entidades, mas não tiveram êxito. Inseridos
no processo como terceiros interessados, Grêmio e Internacional enviaram
representantes ao tribunal, mas eles não quiseram se pronunciar durante
o julgamento.
Algumas provas foram apresentadas no decorrer
da sessão. O presidente José Perdiz falou sobre o fato da FPF ter
afastado por 30 dias uma funcionária que trabalha há mais de 30 anos no
setor de registros. O tribunal considerou isso como uma prova de que
houve um erro da entidade. Diante de todos os argumentos colocados, o
Corinthians foi absolvido por unanimidade. Os auditores entenderam que o
clube cumpriu com tudo o que era necessário para Petros estar em
condições, uma vez que o nome dele aparecia no Boletim Informativo
Diário (BID) da CBF.
A confusão começou quando o volante teve um novo contrato
registrado pelo Corinthians, que até então estava vinculado ao clube por um
empréstimo do Hortolândia, equipe do interior de São Paulo. O jogador foi
inscrito com o novo acordo no dia 1 de agosto, uma sexta-feira, sendo que o
documento passava a valer no dia seguinte
A divergência se deu porque, segundo o entendimento da
Procuradoria, o contrato só poderia valer a partir do primeiro dia útil após o
registro – no caso, a segunda-feira, dia 4. Petros entrou em campo contra os
paranaenses no dia 3. O Corinthians defende, porém, que o atleta preenchia os
dois requisitos necessários para poder jogar: ter um contato válido e estar
inscrito na CBF. Na última semana, o presidente da Federação Paulista de
Futebol, Marco Polo Del Nero, isentou o Timão de culpa, dizendo que o erro foi
de uma funcionária da FPF, que se equivocou no preenchimento dos documentos.
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