quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Novo herói, Eduardo ganha espaço em música cantada pela torcida do Flamengo


A torcida do Flamengo leva com ela um samba da União da Ilha do Governador. Na sua versão, cantada na arquibancada, escolhe um jogador para entrar no refrão, alguém que represente o momento vivido pelo time. Chegou a vez de Eduardo da Silva, que chegou recentemente ao clube, depois de fazer o gol da vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG, domingo, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro.

No refrão, a torcida canta "oh que beleza, mais um golaço do Eduardo de cabeça". Ela substituiu Hernane, negociado com o Al Nassr, da Arábia Saudita, pelo atacante, que defendeu a Croácia na Copa do Mundo de 2014 e já havia sido o herói da vitória sobre o Sport por 1 a 0. Coincidentemente, os dois gols marcados foram de cabeça.

- Sei o quanto é importante jogar pelo Flamengo. A pressão é grande nos momentos bons e ruins. Estou tendo um pouco de sorte, mas trabalhando muito para fazer o que eu sei. Tive a  chance de fazer esses gols. Eu me sinto bem com esses cinco minutos de fama, mas fico feliz pelo grupo - afirmou Eduardo da Silva.

Os gols de cabeça são uma rotina na carreira do jogador, segundo o próprio. O Flamengo tem sido especialista nesse tipo de jogada, conseguindo balançar a rede dos adversários em cruzamentos pelo alto.

- Sou humilde, mas faço muitos gols de cabeça. É só olhar o meu currículo - disse Eduardo da Silva.

No aquecimento com os companheiros atrás do gol defendido por Victor no segundo tempo, Eduardo da Silva vivia a expectativa de ser chamado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo. Ele entrou em campo com o time perdendo por 1 a 0. Na primeira jogada, sofreu o pênalti convertido por Léo Moura e depois fez o gol da vitória.

- Antes de eu entrar, o time já havia crescido, começado a dominar. O Vanderlei sentiu isso e me chamou para entrar no momento certo. Tive felicidade de fazer o gol da vitória. Percebemos que o grupo está cada vez mais unido. Não somos os melhores, continuamos na confusão. Se a gente perdesse, voltaria tudo. O segredo é manter a humildade com personalidade. No próximo jogo contra Criciúma precisamos sair com a vitória, mesmo com um gol de diferença - disse o jogador.

O comportamento da torcida foi fundamental para manter o time ligado no jogo. Mesmo com erros em sequência, houve pouca manifestação de protesto. No intervalo, com o time perdendo, vaias foram ouvidas, mas em pequenas quantidades. O apoio foi muito maior.

Uma dessas manifestações aconteceu justamente no momento em que Eduardo da Silva foi chamado por Vanderlei. O jogador deixa nas mãos do treinador a decisão sobre iniciar ou não os jogos. Desde que está à disposição, ficou no banco e não entrou contra o Botafogo, atuou como titular contra o Coritiba e o comandante o colocou em campo no segundo tempo contra Chapecoense, Sport e Atlético-MG.

- A cada treino que passa me sinto bem melhor, mais adaptado. Essa é uma questão do treinador. Tenho certeza que consigo jogar 90 minutos, mas não sei se no mesmo ritmo - afirmou o jogador.

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