Valeu pelo gol marcado na casa do adversário. Foi essa a avaliação de Mano Menezes
sobre a derrota do Flamengo por 2 a 1 para o Cruzeiro, nesta
quarta-feira, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
No Mineirão, em Belo Horizonte, o Rubro-Negro fez primeiro tempo muito
ruim, foi dominado pelo adversário, mas conquistou um resultado que o
mantém muito vivo na briga pela vaga nas quartas de final da competição.
No Maracanã, na quarta que vem, basta vencer por 1 a 0 para avançar.
Mano reconheceu que a formação com o zagueiro Samir na lateral esquerda
não funcionou bem na primeira etapa. Segundo ele, não por culpa do
jovem, mas sim de toda a equipe, que deu espaços e falhou na marcação.
Com a mesma formação, o técnico viu o Flamengo mais equilibrado no
segundo tempo e aprovou o desempenho.
- O gol marcado fora nos coloca na disputa, leva para uma condição
aberta no Maracanã. Mas não vamos esquecer que perdemos o jogo, temos
que reverter essa condição lá. Realmente, na análise geral do jogo,
enfrentamos um Cruzeiro superior, que conseguiu ser uma equipe mais
organizada, controlar mais o jogo durante boa parte. E no nosso
entendimento encontrou um pouco de facilidades no primeiro tempo porque
não estivemos bem posicionados. Estivemos indefinidos, com alguns
jogadores no meio do caminho entre fazer uma coisa e outra. E quando
você enfrenta uma equipe como o Cruzeiro não pode ter indefinições.
Esporadicamente chegamos na frente, uma ou duas vezes, acertamos uma
bola na trave (com Marcelo Moreno), mas não retratava o que era o jogo.
Sofremos, voltamos melhores, corrigimos isso. Em função disso
melhoramos, tivemos mais volume, chegamos na frente, sofremos o segundo
gol, mas não posso reclamar da disposição dos meus jogadores.
Mano Menezes saiu satisfeito por ter conseguido um gol fora de casa (Foto: Paulo Fonseca / Ag. Estado)
Mano explicou que pretendia evitar um placar dilatado do adversário com
a formação mais defensiva. Conseguiu. Não comemorou a derrota, mas sai
de Belo Horizonte satisfeito com a possibilidade de decidir a
classificação no Rio.
- A questão do futebol está menos na formação do que qualquer outra
coisa. Qualquer formação pode ser boa, e qualquer outra pode ser ruim.
Não executamos bem o que queríamos fazer no primeiro tempo. Já voltamos
melhor com a mesma formação no segundo tempo. Sabíamos que sofreríamos
pelos lados, o Cruzeiro tem volume, trabalhou bem quando conseguiu
chegar com a bola. No primeiro tempo, além das dificuldades de encaixe
de marcação, erramos muito com a posse de bola. Às vezes, é normal que
isso aconteça com jogadores menos experientes, é até compreensível. Mas
com jogadores experientes não é possível. Melhoramos nesse aspecto, mas o
jogo de volta vai exigir algo diferente do que fizemos hoje. Nós
estávamos levando em consideração que hoje era o primeiro tempo de um
jogo de 180 minutos, com condições desfavoráveis. Não pode tomar dois,
três a zero aqui, porque sabe que lá não vai acontecer um milagre. Nesse
aspecto, entendo que passamos pela primeira parte dos 180 minutos de
forma satisfatória. Não estamos comemorando derrota, mas a gente sabe
que levou uma condição que é possível reverter.
Dificilmente o treinador manterá a formação desta quarta na segunda
partida. A tendência é que o time volte a ser mais ofensivo. O Flamengo,
no entanto, tem de pensar em Campeonato Brasileiro. No sábado, enfrenta
o Grêmio, em Brasília, pela 16ª rodada. A delegação viaja na tarde
desta quinta para a capital federal.
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