sábado, 6 de julho de 2013

Mano lamenta reação relâmpago do Coxa e vacilos do Flamengo no contragolpe

Uma reação meteórica, que destruiu uma atuação promissora do Flamengo nos 50 minutos iniciais de jogo. Para Mano Menezes, a velocidade com que o Coritiba buscou o empate após sair perdendo por 2 a 0 - dois gols num intervalo de oito minutos - foi determinante para que sua equipe se perdesse em um caminho que parecia tranquilo no Mané Garrincha, em Brasília. No fim, o 2 a 2 pela sexta rodada, com o líder do Brasileirão, foi encarado com naturalidade.

Cáceres ampliou a vantagem para o Fla logo aos três minutos da segunda etapa - Moreno fez o primeiro. Apenas quatro minutos depois, porém, Chico diminuiu, com Alex colocando a igualdade no placar aos 15. Mano Menezes analisou o desenrolar da partida da seguinte maneira:

- Sabíamos da dificuldade do jogo e as que ainda vamos passar. Temos uma consciência grande disso. Fizemos 2 a 0 e tomamos dois gols muito rápido. Quando se faz uma vantagem dessas, é preciso de cinco a dez minutos para assentar o jogo e propor uma alteração tática. Tomamos o gol do Chico muito cedo, em uma jogada que já tinha acontecido no primeiro tempo, mas acontece. O cobrador (Alex) é de alta qualidade, coloca a bola onde é difícil de marcar. Sofremos o 2 a 2, e a equipe entrou no lugar novamente.

Com o empate, o Coritiba passou a comandar as ações ofensivas e deu espaços para contragolpes. O Flamengo até teve oportunidades, mas se perdeu em passes errados, dribles mal executados ou chutes sem direção. Para Mano, mais do que vacilos defensivos em bolas aéreas, este foi o grande problema de sua equipe. Sobre o pênalti perdido por Marcelo Moreno, ele evitou colocar o peso do tropeço nos ombros do boliviano.

- Talvez o pecado que tenhamos cometido foi não aproveitar bem o contra-ataque, que estava à disposição. Aí, é tomada de decisão, concluir com qualidade... O Coritiba está confiante e se arriscou. Esse foi nosso pecado. Se olharmos os goleiros, vemos que o Felipe fez poucas defesas, Vanderlei fez mais. Perder a penalidade dói um pouco, mas não foi por isso que deixamos escapar o resultado. Foi em um contexto geral. Vamos analisar depois, com a cabeça fria, para seguirmos melhorando.

Ao contrário do que aconteceu diante do São Paulo, o treinador não reclamou de altos e baixos do time e admitiu que o Coritiba soube conduzir à sua maneira o desenrolar da partida.

   
- Nosso problema não foi tanto de oscilação. Em alguns momentos, tivemos dificuldade para controlar o adversário, que controlou a bola no meio-campo. Nosso posicionamento não esteve bom, eles variaram muito. Na retomada das jogadas, dávamos muito campo para o Coritiba. Você não pode estar posicionado sempre para contra-ataque, é preciso às vezes controlar o jogo.

raio caiu
duas vezes (Jorge William / Agência O Globo)No fim, Mano testou uma nova formação de meio-campo, com Elias mais avançado e Val, que substituiu Carlos Eduardo, atuando como segundo volante. O primeiro apareceu bem ao lado de Moreno e Paulinho e agradou ao treinador.

- A alteração tática que fizemos foi colocar Val no lugar de Carlos Eduardo. Quando acontece isso, Elias tem mais liberdade para atacar. E isso funcionou bem. Elias chegou bem duas ou três vezes.

Com seis pontos em seis jogos pelo Brasileirão, o Flamengo permanece em Brasília até terça-feira, quando segue para Alagoas, onde encara o Asa de Arapiraca, pela Copa do Brasil. Neste domingo, o elenco treina às 10h no CT do Brasiliense.


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