O presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro
(Ferj), Rubens Lopes, participou da reunião na última quarta-feira com o
Consórcio Maracanã e disse que quer sensibilizar o pool da empresas que
comanda a gestão do novo estádio após o fim da Copa das Confederações,
com o inuito de agilizar a volta da utilização dos clubes. O Flamengo
desponta nas negociações, mas até agora um acordo está longe de ser
firmado pela divergência de valores. O Flu também tem interesse em
arrendá-lo e dialoga desde maio.
- O que podemos fazer é sensibilizar o Consórcio para que eles venham a
entender que eles têm de disponibilizar todo o estádio ou pelo menos a
maior parte de suas dependência para os clubes. Há que existir cadeiras,
camarotes e tribunas principalmente para os clubes que são
protagonistas do espetáculo. Esses clubes é que vão levar público para o
estádio - frisou o dirigente, em entrevista à Rádio Brasil.
Uso do Maracanã modernizado é alvo de intensa discussão entre Consórcio e clubes (Foto: Agência AFP)
O Consórcio Maracanã S.A é formado por Odebrecht Participações e
Investimentos, IMX Venues (de propriedade de Eike Batista) e AEG (de
origem americana). O primeiro jogo entre clubes está programado para ser
o clássico Fluminense x vasco, no dia 21 de julho, pela oitava rodada
do Brasileirão. Até lá, a organização promete colocar divisórias para as
torcidas e apresentar as novas estruturas aos envolvidos. Rubens Lopes
destacou justamente que Polícia e Bombeiros ainda não o conhecem, por
não terem participado do torneio da Fifa.
- É importante que a Polícia Militar participe dessas reuniões, e ela
vai participar. O Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios)
não conhece o Maracanã, até porque não teve nenhuma participação na
Copa das Confederações. Aliás, ninguém conhece. Precisamos do Corpo de
Bombeiros. Normalmente os órgãos que participavam das reuniões que
antecediam os jogos terão que participar agora. Precisamos também do
Corpo de Bombeiros - defendeu o presidente da Ferj.
Para Rubinho, a saída do fosso e a aproximação do gramado com a
arquibancada é perigosa, e precisa ser estudada uma forma de evitar
invasões. Além disso, teme que as conversas se prolonguem excessivamente
e prejudiquem os clubes cariocas.
- A concepção atual do Maracanã é extremamente arriscada em termos de
segurança e da ordem do espetáculo. Não há barreiras físicas, há uma
grande facilidade de se entrar em campo. Até agora, o Maracanã não
esteve à disposição dos clubes, causando um impacto financeiro negativo
muito grande aos clubes. Se ele não for colocado à disposição dos clubes
e do torcedor, se houver um custo tão elevado que não permita que os
clubes joguem, aí eu acho que passou a ser mais problema do que solução -
apontou.
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