A diretoria do Flamengo sofreu nesta noite sua primeira derrota na
política interna do clube desde a vitória na eleição presidencial de 4
de dezembro.
Numa reunião do Conselho Deliberativo, a diretoria teve sua proposta
de alterar o estatuto do clube rejeitada por 135 votos a 133. A proposta
ficou a três votos do sucesso, pois, pelas regras, bastaria a maioria
dos votos.
A proposta rejeitada só visava mudar os procedimentos para alteração
do estatuto do clube. A proposta que visa fazer uma mudança em
profundidade na Carta Magna rubro-negra ainda está em discussão e só
deverá ser apresentada dentro de pelo menos seis meses.
O que a diretoria queria mudar era o artigo 50, que estabelece as
formas de alteração do estatuto. Uma delas estabelece que 50
conselheiros podem apresentar uma proposta. A diretoria queria que o
número fosse aumentado em seis vezes, para 300 conselheiros. A ideia era
reduzir o número de propostas independentes de alteração de forma a
simplificar as discussões sobre o tema.
Inicialmente a alteração defendida pela diretoria parecia que teria
aprovação. Quando ficou claro que havia uma forte oposição, o presidente
do Conselho Deliberativo, Delair Dumbrosck, em vez de buscar uma
proposta intermediária, propôs a votação, pensando que venceria.
Dumbrosck apoiou a Chapa Azul na eleição de dezembro e depois foi
apoiado por ela na eleição para o CD. O grupo da atual diretoria também
conseguiu eleger seus candidatos aos Conselhos de Administração e
Fiscal, por ampla maioria.
Parte dos conselheiros mudou de posição durante a reunião, passando
para o lado da oposição. Alguns disseram ter feito isso, porque
Dumbrosck teria agido de forma prepotente. A coluna procurou Dumbrosck,
mas não o localizou até a publicação desta nota.
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