Tite e Mano Menezes foram citados pelo diretor de futebol Paulo Pelaipe
após a apresentação de Jorginho como novo técnico do Flamengo. Dois dos
treinadores mais importantes do país na atualidade ganharam do
dirigente, na época no Grêmio, a primeira chance de treinar um grande
clube brasileiro. Depois de se destacarem e vencerem no estádio
Olímpico, Tite e Mano se estabeleceram no mercado e construíram
carreiras sólidas. O primeiro conquistou nos dois últimos anos o
Brasileiro, a Libertadores e o Mundial com o Corinthians, enquanto o
segundo chegou à seleção brasileira.
Pelaipe vê em Jorginho, de 48 anos, potencial para alcançar um novo
patamar como treinador. O Flamengo é o quinto clube da carreira do
técnico, que estreou na função no América, em 2005. Depois, foi auxiliar
de Dunga na seleção brasileira entre 2006 e 2010 e passou por Goiás,
Figueirense e Kashima Antlers, do Japão.
- Nós começamos a trabalhar com Adenor Bacchi, o Tite, em dezembro de
2000, quando o buscamos no Caxias. Em abril de 2005, fomos buscar o Mano
(também no Caxias). Tentamos um outro jovem que não deu certo, não vou
dizer nomes por respeito a eles, mas temos de dizer isso. Eu gosto de
trabalhar com desafio. O Jorginho está recebendo uma oportunidade na
carreira, tem um grande currículo como alteta, é um cidadão exemplar,
fez um grande trabalho no Figueirense, um grande trabalho com o Dunga.
Tenho ótimas informações do Paixão (Paulo, preparador físico do Inter),
do Dunga (técnico do Inter), do Renan Dal Zotto (diretor de marketing do
Figueirense) – disse o dirigente.
No Figueirense, Jorginho fez um trabalho que rendeu elogios e foi o que
melhor conseguiu até aqui. Ele quase levou o time à Libertadores. No
Kashima, conquistou a Copa Liga Japonesa do ano passado, seu único
título como treinador.
No Grêmio, duas apostas de Pelaipe não vingaram. Vágner Mancini e Caio
Júnior, treinadores com o mesmo perfil de Jorginho, foram contratados,
mas passaram pouco tempo no clube. Mancini chegou ao Tricolor gaúcho em
2008 como substituto de Mano Menezes, ficou seis jogos oficiais no
comando e foi demitido com a equipe invicta. Caio Júnior durou um pouco
mais. Chegou em dezembro de 2011 e saiu em 20 de fevereiro de 2012.
Otimista com a chegada de Jorginho, o diretor de futebol disse que o
clube tem a preferênica na renovação com o técnico no fim do contrato,
que vai até dezembro de 2014, mas lembrou que a cobrança por vitórias
vai existir.
- Acreditamos tanto no trabalho dele que até colocamos essa cláusula de
preferência na renovação. Que tenha sucesso, que tenha sorte. Que a
gente possa ter vitórias. No futebol, não é só o treinador, o dirigente
só fica enquanto tem vitótias. É o que faz solidificar o trabalho.
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