Jorginho chegou ao Flamengo com a intenção de apostar nos garotos que
saíram da base. Em sua entrevista de apresentação, citou algumas das
promessas rubro-negras e disse ter planos para elas. No primeiro treino
tático que comandou, na tarde desta terça-feira, escalou Rafinha e Nixon
entre os titulares no esquema 4-2-3-1. Rodolfo sobrou. O meia-atacante,
que foi titular no último jogo de Dorival Júnior, contra o Resende,
ficou entre os reservas, mas está otimista com o novo comandante.
Rodolfo fazendo musculação na academia do Ninho do Urubu (Foto: Alexandre Vidal / FlaImagem)
A referência para o garoto está nas Laranjeiras. Wellington Nem, hoje
destaque do Fluminense, trabalhou com Jorginho no Figueirense em 2011 e
foi eleito a revelação do Brasileiro daquele ano. No Tricolor, brilhou
em 2012, chegou à seleção brasileira e começou a atual temporada em
alta. Rodolfo quer seguir caminho parecido.
- Deu certo. Agora, ele (Wellington Nem) é o principal jogador do
Fluminense. O Jorginho está dando incentivo para a gente, vários
jogadores da base subiram para o profissional e alguns não estavam sendo
aproveitados. Ele disse que vai tentar utilizar todos. Falou para se
preparar, que vai precisar muito da gente na parte final do campeonato
(Carioca). Tem a Copa do Brasil, o Brasileiro, vai usar o grupo todo.
Basta mostrar trabalho para continuar assim - afirmou o jogador.
Rodolfo sabe que terá de mostrar evolução para continuar a ter chances.
O meia-atacante deve assinar sua renovação com o Flamengo ainda esta
semana. O clube vai adquirir 25% dos direitos econômicos dele junto ao
Madureira e o contrato será de quatro anos.
- Se der brecha, vem outro e pega a vaga. Não pode dar mole. Mudou o
treinador, então tem de mostrar tudo de novo. Se ele não te conhece
direito, tem de se apresentar dentro do campo.
Jorginho deixou claro na chegada que os garotos serão lançados pouco a
pouco na equipe e que uma de suas prioridades enquanto estiver no clube –
tem contrato até o fim de 2014 – é formar atletas. Ele citou sua
experiência no Figueirense, onde pôde aproveitar jovens e afirmou que o
futebol está muito rápido na atualidade, com o jogador surgindo e sendo
logo negociado. E ressaltou o potencial do clube rubro-negro para formar
atletas. Sobre Nem, o técnico contou como o atacante do Fluminense
cresceu sob seu comando:
- Conheci o Wellington Nem na seleção brasileira de base. Era um
jogador que estava desmotivado. Basta você dar atenção. Ele atacava
muito, mas baixava a guarda quando perdia a bola. Eu enchia o saco dele,
pois um jovem tem de ser rápido, dinâmico, tem de voltar para recompor.
Não podem dizer que um atleta, hoje, não marca. Ele pode não saber
marcar, mas ele sabe se posicionar.
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