O ano de eleições presidenciais no Flamengo começa a fervilhar. Na
noite desta segunda-feira, o Movimento Ocupe o Flamengo – Central de
oposições, idealizado por Márcio Braga, ocupou o Teatro Leblon, na zona
sul do Rio, com o objetivo de tentar lançar uma candidatura única para
concorrer com a atual presidente, Patricia Amorim. Diversas correntes
políticas do clube se reuniram para traçar planos para o pleito que será
realizado em dezembro. Nomes como os ex-presidentes Kleber Leite e
Delair Dumbrosck, o ex-vice de futebol Marcos Braz, o pré-candidato
Ronaldo Gomlevsky, o técnico Andrade, o ex-judoca Frederico Flexa, entre
outros, marcaram presença. Novas reuniões estão previstas para que se
chegue ao consenso de um nome para representar a oposição.
Marcio Braga discursa durante a reunião das oposições do Flamengo (Foto: Janir Júnior / Globoesporte.com)
- A situação está muito grave. Aquele que lá chegar vai encontrar o
Flamengo destruído como aconteceu em 2004, quando não tinha nem talão de
cheques. Tendo várias candidaturas vamos ter um conflito grande de
ideias. Temos de nos unir – afirmou Márcio Braga, que abriu a reunião e
esclareceu que não se candidatará.
Ao ser anunciado, Andrade foi aplaudido por todos os presentes. E
Márcio Braga pediu votos para o jogador, que será candidato a vereador
do Rio. Quase ao mesmo tempo, Marcos Braz anunciou que não será
candidato à presidência do Rubro-Negro e também apostará suas fichas na
candidatura de vereador.
- Faz bem, até porque misturar os dois está provado que não dá certo – alfinetou Kleber Leite, em referência a Patricia Amorim.
Depois, Kleber discursou:
- Esta senhora que está na presidência no Flamengo, tenho todos os
motivos para ter problemas pessoais com ela. Temos de usar a cabeça, ter
sensibilidade. Primeiro, temos de tentar ajudar até o fim do ano. O
momento é delicado. Vamos tentar costurar o terno exato para o Flamengo.
As principais diretrizes e queixas do movimento foram estampadas no
prospecto distribuído para os membros da oposição: “A situação do
Flamengo é muito grave. A direção atual perdeu o controle da
administração. O futebol está enfraquecido. Não há transparência na
gestão”; “O Movimento Ocupe o Flamengo propõe a união das oposições ao
atual governo do clube em busca de compromissos comuns e de um candidato
de unidade e competitivo capaz de vencer as eleições que se aproximam.
Esta união é indispensável para estabelecer um programa de emergência
capaz de tirar o Flamengo da crise atual”.
Políticos, empresários e conselheiros lotaram o Teatro Leblon. No fim,
as cerca de 250 pessoas presentes cantaram o hino do clube.
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