Renato
Abreu passou 19 dias afastado em função de um problema cardíaco que foi
diagnosticado em um exame de rotina. Durante este período, ficou
impossibilitado de treinar e até mesmo de executar algumas tarefas
básicas, como dirigir. Mas, mesmo assim, não abandonou um vício: o
Flamengo. Em casa, acompanhou todos os jogos e mostrou a faceta de
auxiliar técnico e conselheiro. Assim que acabavam as partidas, fazia
suas anotações e no dia seguinte procurava ligar para os companheiros,
principalmente os mais jovens. Era uma maneira de se sentir
participativo e ajudar.
- Tive isso quando estava iniciando minha carreira. Hoje é o que posso
fazer para ajudar. Eu passo os conselhos, se eles aceitam não cabe a mim
dizer, mas faço a minha parte - afirmou o apoiador, que já conseguiu
até visualizar uma possível carreira de técnico quando pendurar as
chuteiras.
- Quem sabe? Vamos ver o que acontece. Daqui a uns quatro anos a gente
vê. Mas este papel de ajudar sempre fez parte da minha carreira.
Mas o lado torcedor também teve a sua desvantagem. Acompanhar os jogos
de longe deixou Renato angustiado. Segundo o camisa 11, quando está em
campo, mesmo em caso de derrota, existe uma possibilidade de fazer algo
mais concreto para ajudar. Fora de campo era só na base da torcida
mesmo. E, quando a vitória não vinha, era duro escutar as críticas aos
companheiros.
- A gente sofre mais. Principalmente pelo fato de ouvir coisas ruins
sabendo que o time é capaz de dar a volta por cima. Eles não merecem
isso. E aí nesse momento é a hora de passar uma palavra de apoio. O
grupo tem de se motivar. É forte, tem apoio da torcida e da diretoria -
finalizou.
Renato segue sua rotina de treinos diferenciados na manhã deste sábado,
no Ninho do Urubu. O Flamengo volta a entrar em campo neste domingo, às
16h (de Brasília), diante do Bangu, no Moacyrzão, em Macaé. Com 12
pontos, o clube ocupa a segunda colocação no Grupo A da Taça Rio. Pela
Libertadores, o time enfrenta o Emelec, às 22h (de Brasília), na próxima
quarta-feira, em Guayaquil.
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