Luiz Antonio entra na sala de imprensa ressabiado e senta na cadeira de
um jeito desconfortável. Diante de jornalistas brasileiros e
bolivianos, esfrega as mãos e deixa escapar um desabafo no microfone.
- Não sei nada em espanhol. Ainda estou nervoso aqui.
A primeira pergunta, de um jornalista local, é traduzida pelo assessor
de imprensa Leonardo André. Apesar de não ser estreante numa sala de
entrevistas, o volante ainda se acostuma com o ambiente do time
profissional do Flamengo. Dentro de alguns dias, na quarta-feira, fará
parte da disputa do jogo de ida da pré-Libertadores, contra o Real
Potosí, na Bolívia. É o jogo do ano para o Rubro-Negro, que tenta uma
vaga no Grupo 2.
- Estou bem tranquilo, participei do Brasileiro ano passado, não afeta
nada, não. É só mostrar o futebol que eu tenho, tenho a confiança do
grupo. Jogar a primeira Libertadores é muito diferente.
O grupo treina em Sucre, a 2.800 metros de altitude. O jogo em Potosí será a 4 mil. Outra novidade para o jogador.
- A altitude não é muito problema, não. Temos mais alguns dias para a
adaptação. É diferente do que temos no Rio, primeira vez que vou jogar
assim, mas não tenho medo de fantasmas. Vamos ter que segurar um pouco o
fôlego, trabalhar bastante a bola.
Nos treinos, Vanderlei Luxemburgo tem pedido aos jogadores que chutem
para o gol. Na altitude, a bola viaja com mais velocidade. Luiz obedece e
tem se aplicado no fundamento.
- Já tinha um pouco dessa característica, o professor pede para chutar
bastante a bola no gol para tentarmos surpreender o adversário.
O classificado de Flamengo e Potosí vai entrar na chave com Lanús, da
Argentina, Emelec, do Equador, e Olimpia, do Paraguai. Nesta
sexta-feira, a equipe fará um jogo-treino de 45 minutos contra o
Universitário de Sucre, no estádio Patria. O teste começa às 19h50m
(21h50m de Brasília).
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