Depois de tudo o que aconteceu em 2010, Patrícia Amorim experimentou, no fim de tarde desse domingo, a sensação de alívio com a primeira conquista desde que assumiu o clube, logo depois do título brasileiro de 2009. A eliminação da Libertadores, a demissão do então técnico Andrade, as saídas de Adriano e Vagner Love, a prisão do goleiro Bruno, a ameaça de rebaixamento no Brasileirão e a saída de Zico formaram a extensa lista de problemas.
Mas 2011, pelo menos no início, parece bem menos pesado. A conquista da Taça Guanabara fecha o primeiro bimestre da temporada da melhor maneira possível. E Patrícia não esqueceu de ser grata ao astro da companhia. Derramou-se em elogios ao herói da 19ª Taça Guanabara conquistada pelo clube, de forma invicta. Não só pelo que fez em campo, mas pelo que tem representado para o clube e para o grupo.
- Ele é um rapaz solteiro, que gosta do pagode, é alegre, divertido, feliz. Já é um jogador consagrado. Nunca deixou de ir a um treino, não faltou, não se atrasou. Nunca deixou de dar apoio aos companheiros. Tudo que precisei ele atendeu. Só tenho a agradecer a ele e a todos os jogadores. Nada ele deixou de cumprir. Talvez não tenha ainda jogado o futebol que vocês esperavam, mas na hora decisiva foi ele quem fez o gol. Se ele disse que Flamengo é Flamengo, eu digo a ele que Ronaldinho é Ronaldinho.
Patrícia Amorim ficou sem a medalha de campeã da Taça Guanabara. Mas foi por uma boa causa. Durante a cerimônia de premiação dos jogadores, o zagueiro Jean ficou sem a dele. A presidente não pensou duas vezes.
- Eu estava ajudando a distribuir as medalhas e faltou uma. Tirei a minha e dei para o Jean. Falei que quem faz o espetáculo é o jogador. A prioridade é dos atletas. O papel do dirigente é fazer com que eles entrem em campo tranquilos. Acho que conseguimos fazer isso.Para a mandatária, os dois primeiros meses do ano foram perfeitos para o Flamengo. Segundo ela, vitórias que lavam a alma depois de um 2010 de polêmicas e constante ebulição.
- Você começar o ano trazendo Ronaldinho, Thiago Neves, Felipe, Vander, Wanderley, todos que trouxemos, conseguir o título da Copa São Paulo de Futebol Júnior, o reconhecimento do título de 87, que historicamente é fundamental, e a Taça Guanabara, é muito bom. Significa que começamos o ano bem. Que termine como começou.
Patrícia não se esqueceu dos problemas pelos quais passou em 2010. Agora, curte o outro lado da moeda. Mas o título da Taça Guanabara não ilude a dirigente.
- Eu passei por essas pressões. O maior mérito não é o título em si, mas que conseguimos trabalhar e ter habilidade na hora difícil. Tivemos tranquilidade de passar por dificuldades e poder comemorar hoje. Esporte sempre dá a segunda chance. É a maior lição. O ano de 2010 não foi bom, 2011 começou com tudo em cima. Sabia que em algum momento a vitória aconteceria de novo. Mas amanhã já começa a cobrança do novo campeonato, da Taça das Bolinhas, do contrato de TV, da Copa do Brasil. Vou dormir bem hoje, mesmo sabendo que amanhã vai ter crítica.
Sobre a crise com o Clube dos 13 e a decisão de negociar em separado os contratos de transmissão do Campeonato Brasileiro, Patrícia reiterou a intenção de estar junto com os outros clubes do Rio.
- A essência da criação do Clube dos 13 são os clubes decidirem o futuro dos clubes. Quem vai vencer é o melhor contrato, a negociação faz parte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário