Com o fechamento do Maracanã para obras que visam à Copa do Mundo, o Engenhão poderá ser a casa de três grandes clubes cariocas até 2013. Atualmente, o Botafogo, que é concessionário do estádio, negocia para que Fluminense e Flamengo abriguem suas partidas. E a confiança dos dirigentes é grande na capacidade de o João Havelange suportar tamanha movimentação em diferentes aspectos.
De acordo com o diretor-executivo Sérgio Landau, o Botafogo cobrará um aluguel simbólico. Além disso, oferecerá algumas vantagens para atrair Fluminense e Flamengo e, assim, gerar outras receitas e, mesmo assim, marcar o estádio como a casa alvinegra.
- O Botafogo tem preparado o estádio com um ambiente para receber as outras torcidas, com procedimentos eficazes e atualizados. Haverá o aluguel, mas estamos oferecendo a fidelização, que consiste na participação dos clubes nas receitas dos bares e do estacionamento, além da possibilidade de utilizar alguns segundos dos nossos telões. São aspectos que não existem no Maracanã - destacou Landau.
Atualmente o Engenhão conta com 24 lojas de alimentação para que o público possa consumir e, assim, gerar renda. Mas, segundo o Botafogo, também não há com o que se preocupar quando se trata do gramado. No início de 2010 o clube investiu R$ 250 mil na troca completa do piso e promete que ele resistirá aos estimados 90 jogos por temporada.
- O estádio tem condição de receber três ou quatro partidas por semana. Fizemos uma grande reforma em dezembro e janeiro, e o procedimento foi concluído durante a Copa do Mundo. Agora, é questão de manutenção - observou Francisco Fonseca, vice-presidente de patrimônio do Botafogo.
A previsão é que até 2016 a capacidade do Engenhão seja ampliada de 45 mil para 60 mil pessoas, já que o estádio fará parte do equipamento das Olimpíadas do Rio. O Botafogo busca, agora, que as obras sejam antecipadas para 2011, incluindo 7.500 lugares nos setores Norte e Sul, cada.
O Alvinegro também garante não haver receio de colocar em risco o seu patrimônio ao receber torcidas de clubes rivais. Para Sérgio Landau, o mais importante não é pensar nas possíveis depredações, mas no trabalho de conscientização.
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