- Quando eu quiser ajuda, peço – disse Rogério, gritando.
Foi a gota d’água para a constatação: a Gávea não serve mais para o defensor. Aos 20 anos, Fabrício era tratado por joia das divisões de base pelo ex-vice de futebol Kleber Leite. Antes mesmo de estrear nos profissionais, passou por um período de empréstimo no Hoffenheim, da Alemanha.
Voltou e ficou na reserva dos experientes Fábio Luciano e Ronaldo Angelim, mas continuou a ser um jogador cobiçado pelo mercado. Desta forma, não demorou muito e o Rubro-Negro, apertado por credores, negociou os direitos econômicos dele com Traffic (50%) e BMG (50%).
Ele teve algumas chances em 2009 e no início de 2010. O suficiente para ganhar a empatia da torcida. Nesta semana, aliás, os rubro-negros lançaram um tímida campanha “Fica, Fabrício” no Twitter quando souberam que o destino o coloca na rota do Palmeiras.
Deve ser em vão. Após o treino de quinta-feira, na Gávea, o zagueiro parou pacientemente para atender os fãs mirins. Antes, quando questionado se era a hora de deixar o clube que o revelou, foi lacônico.
- Vamos ver, vamos ver – disse, antes de arremessar a garrafa de isotônico na lata de lixo e sair andando.
As palavras que faltaram a ele sobraram ao presidente da Traffic, Fernando Gonçalves. Ele foi claro ao dizer que Fabrício quer sair do Flamengo e que os investidores não gostam de vê-lo pouco aproveitado.
- O Fabrício está esperando o Flamengo se posicionar. Por contrato, nós até temos a prerrogativa de poder negociá-lo a qualquer momento. Mas queremos que o clube resolva a situação. Deixa o Zico digerir esse assunto. O problema é que o Fabrício não quer mais ficar e chegou ao seu limite. E nós também não queremos ver um ativo parado, sem oportunidades. A questão não é ele ir para o Palmeiras ou para a Europa. É ter uma posição mais concreta quanto a sua situação. Mas o mais importante é que essa questão seja resolvida pelo Flamengo e tudo fique bem para todo mundo – explicou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário