Em 342 confrontos, o Flamengo venceu 123 vezes, o Botafogo, 108, e 111 jogos terminaram empatados. Nos anos 1960, a freguesia desse clássico tinha outro dono. O clube de General Severiano tinha uma constelação de craques como Garrincha, Didi, Nilton Santos e Amarildo.
- Claro que vibrei com os gols, mas estávamos acostumados a marcar contra eles, então não era tão especial. Era a nossa obrigação. Não me lembro de ter perdido para o Flamengo nenhuma vez - comentou.
Os anos se passaram e depois de 1968, o Botafogo levou quase 21 anos para levantar uma taça, quebrando o jejum, em 1989, contra o mesmo adversário. E este passado de glórias virou um presente de pesadelo. Nos últimos três anos, o Flamengo levou a melhor. Na primeira delas, em 2007, superou o favoritismo do time comandado pelo técnico Cuca. Autor do gol que levou a disputa para os pênaltis, Renato Augusto, hoje, Bayer Leverkusen, recorda aquele momento.
- O Botafogo era apontado como o favorito para a final, mas o torcedor do Flamengo e o time estavam confiantes de que poderiam lutar até o fim pelo título. Senti isso quando vi que a nossa torcida ocupava mais da metade do estádio. No lance do gol, a bola veio de uma rebatida da defesa do Botafogo. Ainda pensei em tocar para algum jogador, mas tomei a decisão em segundos e arrisquei o chute. Acompanhei a trajetória da bola e saí correndo para comemorar com a torcida – lembra Renato Augusto, empatando o jogo em 2 a 2. Nos pênaltis, deu Flamengo: 4 a 2.
Agora, para Renato Augusto e Amarildo, resta apenas torcer. Os dois acreditam que seus times possam sair com vitoria.
- O Joel deu mais confiança ao time. A moral está alta e o Loco Abreu e Herrera são muito perigos e o Caio é pé de coelho. Acho que o torcedor deve acreditar. No futebol, a fase ruim uma hora acaba e acredito que a história possa mudar agora - confia o ex-jogador alvinegro.
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