Quando Petkovic marcou a sua trajetória pelo Flamengo em 2000 e, principalmente, em 2001, Zagallo era o treinador rubro-negro. Os anos se passaram, mas o futebol do sérvio continua enchendo os olhos do Velho Lobo. A ponto de, numa comparação do Pet de hoje com aquele jogador que comandou, considerá-lo o não só o destaque do Campeonato Brasileiro como também em melhor forma do que há oito anos.
- A experiência de Petkovic tem sido fundamental. Ele também se cuidou mais, está mais magro, procura recuar quando perde a bola... Tem dado algo mais, se superado. Hoje está mais fino, isso tem contribuído, e muito, para o seu sucesso. Pelo que vem apresentando, para mim é o grande craque do Brasileirão. Não vejo outro meio-campo com a qualidade que tem. Talvez só o Ricardinho, que está no Atlético-MG. Mas o Pet tem feito a diferença, sabendo construir as jogadas e marcando gols. É muito inteligente – elogia.
Sem a menor cerimônia, Zagallo compara o Pet de hoje com aquele que em 2001 lhe trouxe algumas dores de cabeça mas muitas alegrias. Naquela época, Pet ficou conhecido não só pelos gols de falta (um que garantiu o tri carioca contra o Vasco e outro, o título da Copa dos Campeões), mas também por problemas com a balança, brigas com o ex-atacante Edílson, indisciplina tática e algumas outras vaidades.
- Ele foi um dos principais jogadores da conquista do tri e da Copa dos Campeões. É claro que havia outros jogadores importantes, mas o Pet tem muita habilidade, uma capacidade técnica impressionante. Apesar da guerra de vaidades entre ele e o Edílson, aquele grupo se sobressaiu – disse Zagallo, para quem o meia sérvio tem feito um bem ao futebol brasileiro.
Na opinião do tetracampeão mundial, a presença de alguém com as características de Petkovic tem feito um bem ao futebol brasileiro. Principalmente porque resgata, para o ex-treinador, o que tem sido artigo raro: o futebol-arte. Nesse ponto, sobraram também elogios para o técnico Andrade. Segundo Zagallo, o esquema tático do atual técnico do Flamengo tem seguido as tradições verde-amarelas.
- O Flamengo tem jogado num esquema que eu gosto. Sem essa história de ala. Com quatro atrás e um tradicional camisa 10 no meio para organizar as jogadas. Não dá para praticar o nosso futebol-arte num time com três cabeças de área.
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