Aos 37 anos, o sérvio Petkovic se depara frequentemente com a mesma pergunta: “vai jogar até quando?”. Apesar de estar bem mais perto do fim do que do início da carreira, o meia diz que ainda não pensa em pendurar as chuteiras. Um dos destaques deste Campeonato Brasileiro, com a camisa 43 do Flamengo, ele explica que é justamente o bom futebol que tem mostrado que o motiva a continuar. Até quando?
- Eu sempre jogo para ser o melhor. Quando não puder mais jogar para ser o melhor, aí eu paro - disse Pet, na TV Globo, em São Paulo.
E isso tem data? Ou uma previsão?
- Eu sou daqueles que nunca diz nunca. Não existe idade para parar. As coisas mudam muito. Já vi gente falar que ia parar em tal data e não deu certo. Tem o risco de uma lesão antecipar tudo ou então pode acontecer de a pessoa ainda se sentir em boas condições quando chegar o dia de parar e aí vai querer continuar....
Sem parecer se preocupar muito com a idade, ele sabe, porém, que os seus 37 anos pesam em determinados assuntos. Apesar de estar mostrando ótimo futebol nos gramados brasileiros, a Copa do Mundo de 2010 é um tema que ele sabe que não está nos planos.
- Não penso nisso. Sou um cara lógico e sei a idade que tenho. Independentemente da minha boa fase, é muito complicado disputar uma Copa aos 37. Não crio nenhuma ilusão com isso...
A Sérvia está classificada para o Mundial, mas ele tem certeza de que não irá à África do Sul. Petkovic já defendeu a seleção da Iugoslávia, país que levou esse nome até 2003, quando mudou para Sérvia e Montenegro. Três anos depois, os dois estados se separaram.
Copa do Mundo? Só se for para assistir... - brincou, durante um bate-papo com o comentarista Caio Ribeiro antes do programa Arena SporTV.
Alheio ao Mundial, Pet quer se focar no Brasileirão. A arrancada do Flamengo, invicto há nove rodadas e a um ponto de entrar na zona de classificação para a Taça Libertadores da América, coincide justamente com a sua entrada na equipe.
- Foram várias situações que fizeram o time se encaixar. A diretoria fez contratações importantes, como o Álvaro e o Maldonado, jogadores que estavam machucados voltaram e o Andrade, que foi um craque em campo, tem um jeito muito tranqüilo de comandar a equipe.
O que Pet não esconde é que ele ajudou a dar o toque de experiência para mesclar com a juventude que o Fla vinha apostando.
- Um time aguenta jogar com dois ou três atletas novos. Mas tinha jogo que o Flamengo estava com cinco ou seis. Isso é muito...
Na cola dos primeiros colocados, em quinto lugar, alguns torcedores já começam a sonhar até mesmo com o título. A distância para o líder Palmeiras é de seis pontos (54 a 48) e faltam oito rodadas para o fim. O próximo duelo é com o Botafogo, domingo, no Engenhão.
A subida do Flamengo na tabela de classificação ganhou força com a queda que os primeiros colocados tiveram: Palmeiras, São Paulo, Internacional, Atlético-MG e Goiás têm oscilado bons e maus momentos. O Goiás, que era vice-líder há quatro rodadas, já ficou para trás.
- O que o Flamengo almeja é o G-4 e temos chances reais. Entramos de vez nessa briga pela Libertadores. Estamos jogando bem e achamos o nosso futebol. Pena que foi um pouco tarde para pensar em título.
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