Quis o destino que o Botafogo entrasse novamente na vida de Gil. O atacante do Flamengo não será titular no clássico deste domingo, às 18h30m, no Engenhão, mas o técnico Andrade o relacionou para o confronto e confirmou que chegou a hora de a estreia acontecer, ainda que o jogador entre apenas no segundo tempo. E Gil deve voltar a jogar justamente contra o clube pelo qual fez a sua última partida.
Ele ainda não jogou em 2009 e nem lembra quando e contra que adversário foi a última vez. Sabe apenas que foi pelo Alvinegro, do qual não guarda boas recordações.
- Não tenho boas lembranças de lá porque não tive uma boa passagem. Queria ter dado mais de mim, mas também não cumpriram o que prometeram. Mas não ficou mágoa. O futebol é assim e às vezes nos prega peças. De um dia para o outro, jogo a jogo, você pode mudar a sua história, positiva ou negativamente. E eu posso ter uma história boa aqui no Flamengo – disse Gil ao GLOBOESPORTE.COM.
Em vez de guardar ressentimentos, ele prefere transformar o passado negativo num presente repleto de esperanças. Aos 29 anos, está maduro o suficiente para não estimular uma rivalidade pessoal. Até porque seu passado recente não foi tão satisfatório, seja no Botafogo ou no Internacional.
- É um estímulo a mais enfrentar o Botafogo, mas não encaro como uma vingança. Chega a ser curioso e pode até gerar uma certa polêmica, mas é tudo sem rancor. No Inter eu não estava sendo aproveitado. Disseram que não faria parte do elenco, então pensei em redirecionar minha carreira. Foi um tempo grande que perdi, mas cumpri meu contrato, e agora vivo uma nova etapa na minha carreira.
Liberado pelo preparador físico Alexandre Sanz, Gil ressalta que ainda não está na sua forma ideal, mas garante que o único problema é o ritmo de jogo. Algo, aliás, considerado apenas um detalhe perto do sofrimento que foi ter ficado sem jogar tanto tempo. Por isso, ele valoriza a nova casa.
- Até tinha outras propostas interessantes, mas escolhi o Flamengo e acho que tomei a decisão certa. O grupo é legal e unido, e todo mundo respeita a individualidade. Treinei forte como há muito tempo não fazia. Ritmo de jogo só se consegue jogando mesmo – garantiu ele, minimizando de vez o "problema".
Além do apoio dos companheiros, o atacante já percebeu pelas palavras de Andrade que pode voltar a ser aquele jogador que brilhou no Corinthians.
- Ele vem treinando bem, e gosto da sua movimentação. É claro que, por estar um tempo parado, não se encontra na situação ideal. Mas pelo pouco que vi nos treinos, posso dizer que gostei. É um atacante que sabe segurar a bola na frente, que não vai rifá-la. Há boas chances de ele entrar no decorrer do jogo – revelou o comandante rubro-negro.
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