A equação pênalti para o Botafogo mais Bruno geralmente resulta em euforia para os rubro-negros. A defesa dele no chute de Lucio Flávio na vitória por 1 a 0 no último domingo junta-se a uma extensa coleção. Já são seis defesas em penalidades máximas nos clássicos contra o Alvinegro.
A trajetória começou no Carioca de 2007. Foram duas intervenções que garantiram o título, nas cobranças do zagueiro Juninho e do próprio Lucio Flavio.
Em 2009, novamente a estrela do camisa 1 rubro-negro brilhou. Ele defendeu os pênaltis de Victor Simões (no tempo normal), e Juninho e Leandro Guerreiro, na decisão final.
O camisa 1 rubro-negro passou por uma fase atípica no clube entre julho e setembro. Teve problemas pessoais, foi criticado pela torcida. Mas novamente um pênalti contra o Botafogo o devolveu ao status de “melhor goleiro do Brasil”. Pelo menos para o lado passional da torcida.
- Defender pênalti é mais ou menos como um gol de placa. Eu conheço os dois lados (Bruno tem três gols marcados na carreira) e posso dizer que vale a mesma coisa – declarou.
Lucio Flavio pode não se lembrar, mas a inspiração para a defesa no último domingo veio de quando os dois atuaram juntos no Atlético-MG, em 2003. Bruno ainda era das divisões de base, mas decorou o canto preferido do botafoguense.
- A hora do pênalti é o momento do goleiro. Lucio Flavio tem muita qualidade e treina bastante. Joguei com ele no Atlético-MG e conheço a forma de ele bater. No calor do jogo, imaginei que bateria no seu canto de confiança. E deu certo – disse Bruno.
Na tarde de segunda, dia seguinte à atuação no clássico, o goleiro fugiu da recomendação de trabalho leve ou repouso. Pediu treinamento duro e foi atendido pelo preparador físico Roberto Barbosa. Colocou as luvas e saltou dezenas de vezes. Saiu de campo suado e feliz.
Na entrevista coletiva, desabafou contra o que considerou oportunismo na divulgação de notícias de sua vida particular e elogiou a "família rubro-negra".
- Quando eu estava tomando porrada, sendo questionado, criaram diversas situações que nunca existiram. Sempre fui muito aberto com meu grupo. Chamei a responsabilidade e estou colhendo os frutos disso. Meus companheiros são minha segunda família e sou feliz aqui. É daqui que tiro o alimento da minha família – declarou o goleiro, que sofreu apenas quatro gols nos últimos nove jogos.
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