Já ganha força na Gávea a possibilidade de Andrade seguir no comando técnico do time do Flamengo. Ao menos entre os jogadores, o lobby parece existir. Porém, nada incomoda o interino, que deu declaração curiosa nesta segunda-feira, ao dizer que, à exceção de Alex Ferguson, do Manchester United, todos os profissionais devem gozar do rótulo.
- Na verdade, tirando aquele inglês lá (Ferguson), que está há mais de 20 anos, todos são interinos. Estou muito tranquilo, sou um funcionário do clube, e estou muito satisfeito de estar no comando atualmente. É uma grande responsabilidade e muitos gostariam de estar no meu lugar. O que tenho de fazer é trabalhar para deixar o time nas cabeças da tabela, só isso - comentou.
Em época de treinadores jovens, Andrade, mesmo aos 52 anos, não está nem um pouco preocupado em dar partida na carreira oficial na profissão.
- Sei da minha função e importância aqui no Flamengo. Não estou tão preocupado em ser efetivado. E nem tenho pressa em iniciar uma carreira. Mas estou pronto e, sempre que pedirem, venho ajudar - garantiu.
Aliviadio, o técnico interino falou, com mais calma, sobre a forte emoção que sentiu ao ver o Flamengo virar a partida contra o Santos. Ele chegou a chorar no gramado.
- Meu vínculo com o Flamengo é muito grande. Aquele jogo foi emocionante por diversos motivos. Além do tabu (de não vencer na Vila) e de ser o milésimo jogo, ainda teve a morte de um amigo, que é o Zé Carlos. Ao ver a entrega daquele grupo em um jogo tão importante, veio um turbilhão de pensamentos na minha cabeça e aquele choro acabou sendo um desabafo mesmo - revelou.
Em alta, Andrade estará novamente à beira do campo no duelo frente ao Atlético Mineiro, quinta-feira, no Maracanã. A partir daí, não há mais certeza. O mais provável é o acerto com Vágner Mancini. Mas a diretoria tem discutido outros nomes, com calma, por isso ainda poderá haver surpresas.
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