segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Rodrigo Fabri celebra caso Heverton na Justiça comum: 'STJD foi radical'


Ídolo e torcedor fanático da Portuguesa, o ex-jogador Rodrigo Fabri comemorou que o "caso Heverton" tenha ido para a Justiça comum. Inicialmente, a escalação irregular do atacante na última rodada do Campeonato Brasileira, foi julgada pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que considerou a Lusa culpada e retirou quatro pontos dos paulistas. Mas na última sexta-feira, 10, a Justiça de São Paulo acatou pedido de liminar de um advogado e determinou a devolução dos pontos à Portuguesa, que com isso, voltou à Série A e rebaixou, novamente, o Fluminense. A ação foi julgada pelo mesmo juiz que também devolveu os pontos perdidos pelo Flamengo, pela escalação irregular de André Santos, também na última rodada.

Para Rodrigo Fabri, a decisão do STJD foi radical e levou em conta um detalhe para definir o rumo de um campeonato. Apesar de confessar que houve negligência por parte da Portuguesa, o ex-atleta - que hoje trabalha como voluntário na base da Lusa - acredita que a decisão não foi moral.

Rodrigo Fabri Portuguesa Copa São Paulo (Foto: Filipe Rodrigues) 
Rodrigo Fabri assiste jogo da Portuguesa contra o Bahia, pela Copa São Paulo, em Ilhabela (Foto: Filipe Rodrigues)
 
– Eu acho que não tem que ser radical nas decisões. O STJD foi muito radical. Ele aplicou a lei e ponto. Não pesou o lado moral da história. O jogo não valia nada, Portuguesa não teve má intenção, o jogador entrou faltando 12 minutos para terminar o jogo e o que aconteceu em 2010, com o Tartá foi visto de uma forma diferente, até pelo Paulo Schmitt. Na época, ele disse que não seria moralmente legal tirar o título do Fluminense pela escalação ilegal de jogador por apenas um jogo. No caso da Portuguesa, o julgamento foi diferente. Moralmente, a Portuguesa precisa e deve seguir na primeira divisão - afirmou o atleta, que está em Ilhabela, acompanhando a Lusa na Copinha.

O jogador lamenta, no entanto, que o desfecho, de quem joga e quem fica na Série A, vai demorar. Enquanto isso, a tendência é que Lusa, Fluminense e Flamengo, diretamente afetados pelo imbróglio, sofram na questão do planejamento. Os atletas também sofrem, segundo o ex-jogador.

– Está um ponto de interrogação. É muito complicado fazer futebol com esse ponto de interrogação. Não dá para saber o que vai acontecer esse ano. É necessária uma definição. Na primeira divisão, o planejamento é um. Na Série B, é necessário mais pé no chão, pois a cota de TV é menor.  Infelizmente, esse imbróglio não vai ser resolvido no próximo dia ou nos próximos meses. Isso mexe muito com o psicológico dos jogadores. Os jogadores conseguiram conquistar dentro de campo, de forma legítima a permanência na Série A - disse o jogador.


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