Em dois anos o Flamengo aumentou a folha mensal do futebol
de R$ 8 para 11 milhões. Agora, pisa no freio. Com os resultados abaixo
da expectativa em 2016 e 2017, a diretoria decidiu congelar novos
investimentos e cobrar do departamento de futebol melhor desempenho,
mesmo com um resultado financeiro importante — o clube fechou a
temporada pela primeira vez com patrimônio líquido positivo, de R$ 38
milhões.
Para a próxima temporada, o diretor executivo
Rodrigo Caetano precisará trabalhar com os recursos disponíveis e
ajustar o elenco utilizando as próprias peças. Ou seja, vai contratar se
vender ou emprestar os jogadores do clube. A ideia é ter mais eficácia
no planejamento do que esse ano.
Vice-presidente de Planejamento do clube, Pedro Almeida explica o que a diretoria determinou para o ano que vem:
—
Resolvemos fazer com que o futebol performe nesse patamar que chegou. E
que caso queira gastar que gere receita com vendas ou desonerações. É
uma mensagem importante. Pois obriga o futebol a tomar decisões e
priorizar — analisou o dirigente.
Para colocar mais
dinheiro no futebol, o clube poderia se endividar mais. Em 2017, a
dívida caiu R$ 70 milhões e termina o ano em R$ 342 milhões. Deste
montante, R$ 278 milhões de divida fiscal, R$ 41 milhões de empréstimo
bancários e R$ 23 milhões de outras fontes.
Dessa forma
outra saída seria cortar investimentos no Centro de Treinamento e
Esportes Olímpicos. Nada disso. Como em 2018 o clube ainda precisa pagar
por contratações, a cobrança é por mais desempenho.
—A
despesa ao mês está entre as maiores do Brasil. Fizemos investimentos e
subimos muito a folha de futebol. A cobrança está muito forte. Esse ano
ficou abaixo da expectativa — confessou Almeida.
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