quarta-feira, 22 de julho de 2015

Wallace nega ciúme e revela que era muito ligado a Guerrero no Timão


Wallace ainda tenta explicar a declaração dada após a vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio, no sábado, quando afirmou que os mais de 50 mil presentes ao Maracanã foram para ver Guerrero e não o time do Flamengo. Voltou a negar qualquer tipo de ciúme do novo astro rubro-negro, com quem garante ter convivido muito bem nos tempos de Corinthians.

- Interpretaram mal. O que tentei dizer é que o nosso time estava em descrédito. A entrada do Guerrero trouxe crédito. Que o torcedor do Flamengo vai encher qualquer estádio é fato, estou aqui há três anos. Simplesmente fiz um alerta ao nosso time que temos de ter muito mais lucidez e atenção. Vínhamos fazendo partidas ruins no Maracanã, não ganhávamos há alguns jogos e vencíamos fora. Guerrero trouxe crédito. Só fui saber dessa repercussão toda às 17h de domingo, e eu estava na Bahia. Não tem nada disso. É um dos caras com quem mais andei no Corinthians. Não tem coisa de eu estar chateado com a imprensa por causa das críticas, talvez eu tinha que me explicar melhor.

Wallace do Flamengo em entrevista coleitva (Foto: Fred Gomes) 
Wallace falou sobre a personalidade de Guerrero, que conhece desde os tempos do Corinthians (Foto: Fred Gomes)


O capitão do Flamengo ainda tratou de dar detalhes da personalidade do companheiro e opinou sobre que características têm facilitado a identificação entre o centroavante e a torcida rubro-negra.

- (O que ajudou a torcida a se encantar rapidamente com Guerrero) Primeiro é fazer gol, e ele é um centroavante que você pode dar uma pedrada, que ele consegue segurar. Eu, como zagueiro, agora fico tranquilo de dar um chutão. A postura dele (também ajudou a conquistar a torcida), é um cara sensacional, mas não é de falar muito. Sempre foi calado. Andava com ele na colônia de estrangeiros do Corinthians, com ele, Ramirez (Luis, que jogou no Botafogo), Martinez (atacante, hoje no Boca). Ele falava o básico, conversávamos muito sobre futebol europeu. É uma pessoa de muita qualidade, que faz gols e se entrega - completou.

Confira outros momentos da entrevista:
 
Já comentaram do funk com o Guerrero?

Ele não é de falar muito, é bem reservado. A música já pegou, virou onda no Rio, alguns caras brincam, e ele fica meio sem jeito.

Há uma "Guerrero-dependência"?

Não sei se é dependência, mas que a gente precisa muito dele é fato, vem muito da característica de jogo. Ele tem esse timing de segurar a bola, esperar os caras que vêm de trás. Trago um número que foi do jogo do Vasco, trocamos 465 passes, e o Vasco, 112 (na verdade, foram 427 certos do Fla contra 132 do Vasco, com 33 e 29 errados, respeticamente). Foi um número elevado, mas não tinha o cara para segurar a bola.

Desfalque de Sheik

Sheik faz falta porque é um grande jogador, impõe respeito. Ele e Guerrero têm um entrosamento absurdo, mas agora a gente está com cardápio variado. Quem entrar sei que vai entrar bem.

É possível vencer sem Guerrero e Sheik?

Contra o Corinthians, o time fez 30 minutos de bom jogo, aí tomou gol e veio desequilíbrio emocional por conta da falta de confiança. Não tenho dúvida de que, quando começar a vencer em sequência, tudo vai sair ao natural.

Ederson

Me recordo muito pouco dele, mas vi vídeos e deu para reparar que é um jogador de qualidade. Espero que venha logo para nos fortalecer.

Time reforçado por nomes tarimbados

Time ganha peso, variações táticas, e a briga interna aumenta, o que é bom. Quando vem jogador de qualidade, o nível de concentração aumenta.

Insegurança atrapalhava

Em qualquer área, não só no futebol, quando se está bem de cabeça as coisas vêm ao natural. Nosso time estava inseguro, até o início do Brasileiro a gente tinha sofrido duas derrotas. No Brasileiro, pegamos uma sequência de derrotas que não é costumeira do Flamengo e isso vinha tirando confiança.

Sem projeções para o G-4

Não posso projetar nada, porque a torcida vai me cobrar. É pensar em três pontos contra o Goiás e depois a gente vê o que acontece.

Cobrança por melhor aproveitamento como mandante

Quando falei do que falei domingo, peço desculpas a quem não compreendeu. Se tivéssemos ganho três jogos no Maracanã, estaríamos com 25 pontos. Teria feito toda a diferença. Três jogos no Maracanã em que deixamos de somar e que nos dariam chance de estar disputando a liderança.

Aceitação do Flamengo no mercado

Diretoria tem feito um trabalho muito bom, tem dando condição de trabalho. O que tem prometido, tem cumprido. Como vocês da imprensa conversam, o jogador conversa também entre si. Hoje tudo mundo quer vir para o Flamengo. Não que antes não quisesse, mas tinha dúvida por conta de como as coisas aconteciam.

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