Uma
vez Flamengo, sempre Flamengo. É essa a filosofia de vida do
funcionário público Lucenildo Lima, 50 anos. Morador de Petrolina,
no sertão pernambucano, ele transformou a casa em um santuário
rubro-negro. O vermelho e preto está espalhado em todos os cantos da
residência. Segundo o torcedor, sua coleção conta com mais de 500
peças do time do coração.
A frente da casa ficou com as cores do Flamengo (Foto: Emerson Rocha)
– É
uma briga com a mulher porque ela compra alguma coisa para colocar
na estante e eu vou deixando de lado para colocar as coisas do
Flamengo – conta Lucenildo.
A
mulher do flamenguista, Lourdes Santos Souza, teve que aceitar
algumas excentricidades do marido. Além de não ter espaço para
expor os objetos que compra ou ganha de presente, ela viu a entrada
de sua casa ficar com as cores do time carioca. Não satisfeito,
Lucenildo já encomendou um portão novo, que assim como o sofá,
cama, parede, será vermelho e preto.
– Depois
do que ele fez na parede da frente, tem que ser aprovado. O portão
vai ficar mais bonito que a parede – brinca Lourdes, que também é
flamenguista, mas, como ela diz, sem fanatismo.
– Eu
fui me tornando uma referência de torcedor flamenguista. Por isso, a
maioria das pessoas quando pensavam em me presentear, ou traziam
alguma lembrança de viagem, me davam coisas do Flamengo. Assim
surgiu esse santuário aqui em casa, mas a intenção não era essa.
Porém, a coisa foi fluindo, fluindo e graças a Deus hoje está do
jeito que está.
Assim
como a maioria dos flamenguistas, Lucenildo está sofrendo com a fase
negativa que o time passa no Brasileirão. Para ele, o rebaixamento
do clube do coração é coisa inimaginável. Mas, caso aconteça, na
cabeça do petrolinense, até a economia do país será afetada.
As cores do Flamengo fazem parte da vida da família (Foto: Emerson Rocha)
– Eu
aprendi no ditado que depois de toda tempestade sempre vem a bonança.
Eu espero que venha logo essa bonança, se não vai ficar ruim não
só para o Flamengo, para a nação rubro-negra, mas para todo o
Brasil. Se o Flamengo cair, vai gerar um déficit financeiro para o
Brasil todo, infelizmente – prevê.
Pai
de oito filhos, Lucenildo se orgulha de todos terem puxado o seu lado
flamenguista. Também, não poderia ser diferente. Sempre que nascia
algum herdeiro, a primeira roupa tinha que ser a do clube carioca.
Porém, foi o caçula quem ganhou o nome do pai e carrega o mesmo fanatismo pelo time.
– Desde
pequenininho que tenho um monte de coisas do Flamengo. Quando o Flamengo
perde eu me desespero, choro e fico nervoso – assume Juninho, de 11
anos.
Se
dentro de casa Lucenildo conseguiu fazer com que todos os filhos
fossem rubro-negros, na rua ele também tenda espalhar essa paixão.
O funcionário público diz que já teve mais de 300 camisas do
clube, e que gosta de fazer doações para aumentar o número de
flamenguistas.
– Gosto
de dar as camisas para aumentar o número de correligionários. Como
diz o nosso grande ídolo Junior, o Flamengo é uma nação e a gente
não pode deixar de trazer mais torcedores para o nosso time – explica.
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