O
ministro do Esporte, Aldo Rebelo, reclamou, na tarde desta
segunda-feira, do esquema de segurança privada contratado pelo
Atlético-PR para o jogo contra o Vasco, domingo, em Joinville, quando
uma briga entre torcidas no estádio deixou pelo menos quatro feridos com
gravidade. Para Aldo, era necessária a presença de policiais militares
na separação das torcidas.
O ministro reclamou também do baixo
número de presos após a briga - só três, todos vascaínos: Arthur
Barcelos de Lima Ferreira, 26 anos, Jonathan Santos, 29 anos, e Leone
Mendes da Silva, 23 anos. Aldo Rebelo disse lamentar que o Estatuto do
Torcedor não esteja sendo cumprido.
Criado em 2003, o Estatuto do Torcedor é uma lei federal que aborda temas
como regulamento de competições, segurança nos estádios,
acessibilidade, venda de ingressos, assistência médica e outros pontos
relativos a eventos esportivos. O Estatuto do Torcedor foi reformado em
2010, com a inclusão de tópicos que tratam sobre violência.
- O
Estatuto do Torcedor tem de ser aplicado. Nele já é previsto que
torcedores que participam desse tipo de confusão têm de ser presos. No
caso de ontem, havia razões para prender mais gente. A impunidade não
pode estimular a violência - disse o ministro, que citou outras brigas
entre torcidas no Brasileirão, como nos jogos entre Vasco e Corinthians
em Brasília e São Paulo e Corinthians no Morumbi.
- Nas confusões recentes em São Paulo e em Brasília, também não houve prisões suficientes.
Aldo Rebelo contou ter conversado com a presidente Dilma Rousseff sobre a criação de delegacias especiais nos estádios.
-
É preciso pensar numa delegacia especial para esses casos, e em juizado
especial para esses casos. O Governo já está em contato com o
Ministério Público para a criação disso.
O ministro falou
ainda sobre a importância da presença de policiais militares dentro dos
estádios. Para ele, é errado deixar a segurança apenas para empresas
particulares.
- É preciso haver um entendimento geral das
pessoas que organizam esses eventos de que é necessária a presença da
polícia militar, destacada e fardada.
Aldo salientou que o
Campeonato Brasileiro é um evento privado, e a responsabilidade tem de
ser dos organizadores e dos clubes mandantes.
- Por ser um
evento que atrai muita gente, acaba se tornando de interesse do setor
público. Daí a necessidade de se ter a polícia por perto. Mas ela também
tem um custo, e os clubes precisam ajudar com isso. No caso de Santa
Catarina, a hora/homem custa R$ 11.
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