A campanha que culminou com a queda do vasco para a Série B este ano
entrará negativamente para a história, assim como os episódios de
violência protagonizados por sua principal torcida organizada. Tudo com a
conivência da diretoria. O clube financia torcedores uniformizados
subsidiando 75% do valor dos ingressos e ajudando também no transporte
para as partidas como visitante. Foram justamente em duas partidas longe
do Rio que as brigas ocorreram.
Domingo, cerca de 100 torcedores
da principal facção vascaína partiram do Rio para Joinville, em dois
ônibus. O ingresso, que estava sendo vendido por R$ 100, custou R$ 25
para os membros da organizada. O gasto com o aluguel do ônibus também é
dividido. Neste fim de semana, um foi bancado pelos torcedores, o outro
pelo vasco.
Antes do conflito em Santa Catarina, o clube já tinha
sofrido com o confronto entre torcedores rivais na partida contra o
Corinthians, dia 25 de agosto. Na ocasião, o time perdeu quatro mandos
de campo. Punição semelhante deverá se repetir por causa da briga
generalizada de domingo, com a pena a ser cumprida nas primeiras rodadas
da Segunda Divisão.
Procurada, a diretoria da força jovem vasco,
cujos integrantes foram flagrados pelas câmeras de TV na briga na Arena
Joinville, se defendeu, mas admitiu que houve excessos.
— As
imagens mostram que estávamos nos defendendo, com os torcedores do
Atlético na área destinada aos vascaínos. Mas eu entendo que houve
excessos, sim — disse Jean Santana, diretor financeiro da organizada.
Já
a diretoria do vasco não foi encontrada para comentar o financiamento à
torcida. Manoel Barbosa, vice de patrimônio e responsável pela venda de
ingressos, não atendeu as ligações. A assessoria de imprensa do clube
também foi procurada. Ela informou que o vasco repudia qualquer tipo de
violência e que o clube ajudará no que for possível para que os culpados
sejam punidos.
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