A
quinta-feira de Jayme de Almeida foi dia de aliviar as tensões. O
técnico, sem querer pensar em renovação e em time para 2014, aproveitou e
bebeu um chope para comemorar a conquista na carreira. Um só não. Foram
três chopinhos, segundo o treinador do Flamengo. E caiu bem.
-
Vou ser sincero. Não pensei em nada ainda de quarta para hoje
(sexta-feira), curti muito ontem (quinta-feira). É um peso muito grande
que sai das costas. Tomei um chope. Que chope gostoso. Foram só três,
mas fiquei bem mais leve - disse o treinador do Flamengo.
Apesar
do peso das costas que o treinador lembrou ter tirado do corpo três
vezes na coletiva, o técnico não quer clima de amistoso, muito menos de
brincadeira para a partida de domingo contra o Vitória, em Salvador. Ele
disse que não viajam para a Bahia seis jogadores: Felipe, Léo Moura,
André Santos, Elias, Samir e Paulinho. Jogam Wallace, Luiz Antonio,
Amaral e Hernane.
Jayme lembrou que o jogo é importante não só
para quem vai entrar e ter uma nova oportunidade no time, mas também
para outros clubes interessados no resultado.
- Não vamos
fazer número no jogo. Conversei com os meninos e é claro que é natural
uma relaxada, mas temos que entender a importância do jogo. A nossa
responsabilidade aumenta e é uma partida que para o Vitória vale muito.
Se a gente entrar de qualquer jeito, podemos ser derrotados e sair
chateados do jogo. O espírito para domingo não é esse. Todo atleta tem
que aproveitar a oportunidade de jogar - lembrou Jayme, que não espera
nada diferente do que recebeu de resposta dos jogadores quando precisou
usar reservas na equipe.
- Sempre que precisei deles foram fantásticos, o que me dá segurança para este jogo.
Quando
o assunto volta para a renovação, a permanência no Flamengo e os planos
para 2014, Jayme antes passa pelo clima que conseguiu criar com o
elenco rubro-negro. Chamado de 'vozão' em entrevista coletiva minutos
antes por Elias, o técnico diz que quer trabalhar com ambiente saudável,
que isso é o que mais importa. Jayme lembra que o combinado com a
diretoria é de permanecer até o dia 8 de dezembro, quando acaba o
campeonato. E mostrou até desinformação sobre qual valor de salário de
técnico de um grande clube brasileiro.
- Se eu continuar,
tudo vai ser maior. A responsabilidade de ganhar desde o Carioca até a
Libertadores, a gente sabe como funciona o Flamengo. Mas vai ser uma
honra comandar o Flamengo novamente - disse, quase garantindo a sua
permanência, antes de responder sobre uma valorização financeira que
deve receber para ficar no clube.
- O problema não é dinheiro.
Até agora sou funcionário do clube. Se eu passar a ser técnico, tenho
até que me informar sobre isso. Nunca perguntei para as pessoas quanto é
que ganha um treinador, como funciona numa situação dessas. Se ganha R$
500 mil, R$ 100 mil. Vamos sentar na mesa e ver o que eles (a
diretoria) querem. A minha vida nunca foi pautada no dinheiro, então
valores a gente acerta. Dinheiro é bom para caramba, mas não me compra -
disse o treinador, que não tem empresário e deu a entender que deve
conseguir um para seguir na profissão.
- Se continuar como
treinador, infelizmente ou felizmente, (devo arrumar um). Se você não
tiver empresário você não trabalha em lugar nenhum, isso é óbvio.
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