terça-feira, 10 de setembro de 2013

Torcedores protestam na Gávea e pedem a saída de Paulo Pelaipe



Cerca de 50 torcedores do Flamengo montaram um protesto em frente à sede da Gávea para exigir a saída do diretor de futebol Paulo Pelaipe e reclamar do alto preço dos ingressos nos jogos do time no Rio de Janeiro. Composto em sua maioria por membros de torcidas organizadas, o grupo atirou laranjas no portão da sede e entoou gritos de "Diretoria laranja", em referência à falta de poder de decisão dos dirigentes que comandam o clube.

Em tom de deboche, os presentes ainda entoaram o coro: "Bandeira, fala pra mim, como que é ser fantoche do Wallim", em referência à relação entre o presidente e seu vice-presidente de futebol. É de conhecimento que, apesar do regime presidencialista, as decisões no Flamengo são debatidas em reuniões que acontecem quase todas as segundas-feiras na Gávea. Além de Wallim Vasconcellos, o vice de marketing, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, é outro com voz atuante no grupo. Quem exercia a mesma influência era Flávio Godinho, ex-vice de relações externas, que deixou o cargo recentemente por conta de compromissos profissionais no exterior e por achar que suas opiniões já não eram tão ativas.

 Com a manifestação desta terça, a segurança foi reforçada na Gávea. O clima do lado de fora foi pacífico. Um carro da PM foi até o local, mas não teve de interferir. O protesto não passou das laranjas e das palavras de ordem.

Do lado de dentro da sede, quase briga

Do lado de dentro da sede da Gávea, porém, o clima ficou muito quente. O ex-vice-presidente do Fla-Gávea e de administração, Cacau Cotta, discutiu com dois policiais civis armados que fazem a segurança pessoal do presidente Eduardo Bandeira de Mello – não é permitido circular armado no local. Há uma semana, a irmã de Cacau tivera um problema com um dos policiais, e o reencontro resultou em bate-boca. O ex-vice-presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro, e o conselheiro Gonçalo Veronese também tomaram parte no entrevero.

Em meio à confusão, um procurador federal que estava na sede acionou a polícia para deter os dois policiais civis, identificados como Arthur e Ricardo. Quando a equipe de segurança do clube, liderada por Pinheiro, interveio para apaziguar a situação, a arma de um dos policiais chegou a cair no chão, mas não disparou.

Protestos vêm desde a goleada diante do Corinthians

Os protestos contra a diretoria rubro-negra começaram há cerca de dez dias, após a goleada por 4 a 0 sofrida para o Corinthians, em São Paulo. No desembarque, quatro torcedores estiveram presentes no Santos Dumont atrás do de Pelaipe e Wallim. A dupla, no entanto, não compareceu. Aos jogadores, foi dito que a culpa não era deles, mas, sim, de quem montou o elenco.

Já no último domingo, houve o encontro entre torcedores e o diretor de futebol. Na chegada da delegação, após perder por 1 a 0 para o Cruzeiro, em Belo Horizonte, pouco mais de dez flamenguistas protestaram contra Pelaipe, que retrucou. O clima esquentou, mas não houve agressão. Cercado por seguranças, o dirigente foi até o ônibus do clube. Nesta terça, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, Pelaipe tratou as cobranças como normais.

O fraco rendimento da equipe na reta final do turno fez com que o fantasma do rebaixamento voltasse a rondar a Gávea. Com 22 pontos e apenas cinco vitórias , o Flamengo ocupa a 15ª colocação no Brasileirão, e recebe o Santos, quinta-feira, às 21h (de Brasília), no Maracanã, pela 20ª rodada. A Portuguesa, primeira equipe no Z-4, tem 19, e uma combinação de resultados pode colocar o Rubro-Negro na zona da degola.

Nenhum comentário:

Postar um comentário