André Santos
está de volta ao Flamengo. E agora sob o status de grande nome. Aos 30
anos, o lateral-esquerdo inicia a segunda passagem pelo clube nesta
terça-feira. O jogador, que assinou contrato de dois anos, ainda não foi
a campo. Ficou na academia para fazer musculação e correr na esteira.
Primeiro reforço da era Mano Menezes, André chega para assumir uma
posição que há algum tempo não tem dono. Desde a saída de Juan, no fim
de 2010, muitos foram os jogadores que tentaram, mas não conseguiram
vingar por ali. Egídio, Rodrigo Alvim, Junior Cesar, Ramon, João Paulo.
Até Ronaldo Angelim, já aposentado, e Renato Abreu, demitido do clube,
se aventuraram no setor em situações de emergência. André chega com a
responsabilidade de acabar com a sina, diz que está pronto e realizado.
André Santos veste a camisa do Flamengo pela segunda vez na carreira (Foto: Richard Souza)
- É uma emoção muito grande colocar essa camisa novamente, um dos
maiores clubes do mundo para mim. Quero agradecer a todos que confiaram
em mim. O Mano, Pelaipe, o presidente. Espero fazer história. Mas para
fazer história tem que correr, querer, o Flamengo tem que estar sempre
perto das vitórias.
Trata-se de um retorno. Entre 2005 e 2006, o jogador passou pelo
Rubro-Negro por empréstimo, mas foi muito pouco aproveitado e não teve
qualquer destaque, apesar de ter feito parte do grupo que conquistou o
título da Copa do Brasil de 2006 em cima da coisa maldita, vasco. Agora, o cenário é completamente
diferente. Volta como nome de peso, currículo encorpado por títulos e
convocações para a seleção brasileira.
- É até difícil falar (o que não deu certo na primeira passagem), foi
uma transformação grande na minha vida, acho que tinha 21 anos, estava
saindo do Figueirense, uma equipe mediana, para uma das maiores do
mundo. Muda a cabeça do atleta, a cabeça de um garoto que vem para o
Rio. Num curto espaço de tempo, foram oito troca de treinadores, foi
difícil a adaptação. Joguei mais com o Joel (Santana), quando escapamos
do rebaixamento. Agora é diferente, tenho uma carreira vitoriosa, joguei
em grandes clubes da Europa, tive títulos, chego com outra mentalidade,
focado, experiente, com minha família. Espero trazer a vitória e a
sorte ao Flamengo.
André reencontra companheiros como Léo Moura, com quem jogou no
Flamengo, Felipe e Elias, dos tempos de Corinthians, e o técnico Mano
Menezes, com quem viveu seus melhores momentos. Sob o comando de Mano, o
lateral foi muito bem com a camisa do Timão, depois rumou para o
Fenerbahçe, da Turquia, e depois ao Arsenal, da Inglaterra.
- Pesou bastante, por ser uma pessoa extraordinária na minha carreira.
Foi quem me deu oportunidade no Corinthians, amadureci bastante e cresci
dentro e fora de campo com ele. É um cara que conversa dentro e fora de
campo. Isso pesou na minha volta ao Flamengo.
Com Mano, André também teve chances na Seleção e disputou a Copa
América de 2011. Recentemente, já pelo Grêmio, foi chamado por Luiz
Felipe Scolari, mas não figurou entre os convocados na lista final da
Copa das Confederações. No Grêmio, foi contratado por empréstimo para a
disputa da Libertadores, mas pouco depois da eliminação tricolor
retornou aos Gunners. No Rubro-Negro, ele se vê novamente perto de
volotar a defender o Brasil.
- Muito. Meu objetivo dentro do Flamengo é correr, ser campeão, jogar
com esse torcedor, que é maravilhoso. A força do Flamengo é a torcida.
Primeiro objetivo é jogar bem, treinar, buscar o ideal taticamente e
fisicamente, e depois pensar em Seleção. Seleção é muito próximo do
Flamengo, visibilidade incrível. Seleção sempre tem chance para todo.
Estando bem, você está na Seleção. Tive uma chance não tem nem seis
meses com o Felipão e pretendo voltar.
Apesar de estar regularizado na CBF, ele não enfrenta o Botafogo no
clássico do próximo domingo, conforme informou o técnico Mano Menezes. A
estreia deve ficar para a partida contra o Bahia, dia 31, em Salvador.
- Vontade de jogar eu tenho domingo contra o Botafogo, mas deixo para
os fisiologistas, preparadores e profissionais que estão trabalhando.
Venho disposto para jogar o mais rápido possível. Vontade eu tenho muito
(de jogar domingo), mas fisicamente eu não posso garantir. Preciso
conversar com os preparadores, o Mano... Não tenho ideia de quando posso
estrear. A vontade é grande.
O último jogo de André Santos foi pelo Grêmio, dia 16 de maio, pelas
oitavas de final da Libertadores, contra o Santa Fé, da Colômbia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário