Contratado a peso de ouro, Carlos Eduardo
chegou ao Flamengo cercado de expectativa e ainda não teve uma boa
atuação. No empate por 2 a 2 com o Atlético-PR, na Arena Joinville, o
técnico Jorginho resolveu dar uma nova chance ao jogador no time
titular, mas o desempenho não foi o esperado. Pelo contrário. O agora
camisa 20 do Fla não mostrou mobilidade, ficou perdido no meio de campo e
acertou muito pouco. A falta de ritmo pesou.
.
Carlos Eduardo era o responsável pela criação ao lado de Gabriel e
Paulinho, enquanto Moreno ficava centralizado na frente. O meia por
vezes caiu pelo lado esquerdo, pelo direito e pelo meio, mas não
conseguiu ser produtivo. Jorginho o substituiu no intervalo, e, apesar
de só ter atuado por 45 minutos, foi quem mais errou passes no Fla ao
lado de João Paulo - sete. E não finalizou. Renato, que entrou na
segunda etapa em seu lugar e melhorou o time, foi o recordista de
finalizações: seis. Um dos indícios da desarrumação do setor ofensivo no
primeiro tempo foi o alto número de impedimentos: quatro.
Meio de campo com Paulinho na direita, Gabriel no meio e Carlos Eduardo na esquerda (Foto: Fred Huber)
Jorginho reconheceu o mau desempenho de Carlos Eduardo. Disse que o
time não conseguiu trocar passes no campo do Atlético, o que só
aconteceu no segundo tempo, depois das alterações. O treinador contou
que antes da partida estava preocupado com o desgaste de Renato, Rafinha
e Léo Moura, por isso decidiu colocar os dois primeiros no banco.
- Ele (Carlos Eduardo) não foi bem, é a grande realidade. Não conseguiu
produzir aquilo que imaginávamos. É importante ele ter oportunidade e
ir bem. Não conseguimos cadenciar o jogo no primeiro tempo, nem trocar
passes no campo adversário. Quando tínha que acelerar, íamos devagar
demais. A coisa melhorou no segundo tempo. É isso, ainda temos dois
jogos e vamos ver o que podemos fazer - disse Jorginho.
Carlos Eduardo não começava uma partida como titular desde 27 de março,
na vitória por 2 a 1 sobre o Bangu. Na ocasião, teve atuação
burocrática, foi vaiado e substituído no intervalo por Rodolfo.
Outra novidade do comandante rubro-negro foi a presença de Paulinho
entre os titulares. Diferentemente de Gabriel e Carlos Eduardo, ele
ficou mais preso no lado direito e alternou bons e maus momentos. Ao
menos no quesito passes ele foi bem, acertando 32 dos 35 que tentou. Na
segunda etapa, com a saída de Léo Moura, Paulinho atuou como
lateral-direito.
Apesar da constatação de que o Flamengo rendeu mais com a equipe
escalada no segundo tempo, Jorginho preferiu não adiantar o que pretende
fazer para a próxima partida, na quarta-feira, contra o Náutico, no
Orlando Scarpelli, em Florianópolis.
- Sobre qualquer questão sobre a próxima escalação, não adianta ficar
falando agora, é cedo. Mas é bom ver que os jogadores que estão ficando
no banco entram com tudo quando têm a chance. Fazem parte de uma equipe,
é bom a gente criar este senso de responsabilidade entre eles. Futebol é
dinâmico, vamos precisar de todos.
O Flamengo é o 15º colocado do Campeonato Brasileiro com dois pontos em
três rodadas. Antes da parada para a disputa da Copa das Confederações,
o time enfrenta o Náutico e Criciúma.
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