Maior salário do elenco do Flamengo, entre luvas e direitos de
imagem, Carlos Eduardo ainda não disse a que veio em cinco meses no
clube. Além disso, cada vez crescem mais os questionamentos sobre Paulo
Pelaipe, diretor executivo que bancou a contratação. O dirigente tem
agido de forma mais incisiva para que o meia seja relacionado. O fato
chegou a gerar atritos com Dorival Júnior e Jorginho, ex-técnicos do
clube, que não viam o jogador preparado para ser titular. Pelaipe já
declarou que, dependendo dele, Carlos Eduardo terá vida longa no Fla.
Apesar de ainda não cogitar a devolução, o Flamengo tem, por acordo, o
direito de se desfazer do meia antes do término dos 18 meses de
contrato.
Até o momento, o discurso de contenção de custos cai por
terra com o que é gasto para manter o jogador, que foi contratado para
ser o camisa 10 e não conseguiu dar retorno. Neste período, o Fla já
desembolsou R$ 2,5 milhões para ter um atleta que participou de apenas
dez partidas, sendo cinco como titular. O baixo rendimento é um enigma
que a diretoria ainda não conseguiu decifrar. Quando chegou ao clube,
era sabido que o meia demoraria mais do que o restante do grupo para se
recondicionar fisicamente, por conta das duas sérias lesões que teve no
joelho direito. Porém, após cinco meses, pouco evoluiu.
Sem
conseguir justificar o alto valor investido nos gramados, Carlos
Eduardo teve um período agitado extracampo. Os abusos na noite e a
demora para começar a render pesaram decisivamente para que o meia fosse
gradativamente perdendo espaço dentro do elenco. O número 10 na camisa
deu lugar ao 20. Internamente, outros membros da diretoria já não sabem
mais o que fazer com o jogador que, mesmo sem querer, acabou virando
símbolo de um início atribulado da atual gestão.
Contra o
Atlético-PR, no sábado passado, o meia foi escalado como titular, pouco
rendeu mais uma vez e foi sacado ainda no intervalo. Já na partida
seguinte, na derrota para o Náutico, chegou a figurar no banco, mas não
foi utilizado.
VIAGEM A PINHEIRAL PARA CERCAR JOGADOR
O
departamento de futebol do Flamengo mostrou preocupação com Carlos
Eduardo até mesmo em viagens em que ele não estava relacionado. Assim
que Jorginho assumiu, a equipe realizou um período de treinamentos em
Pinheiral, no Sul Fluminense. O meia ficaria no Rio, sob a justificativa
de que precisava aprimorar o condicionamento físico.
Porém, logo
foi percebido que a distância não iria trazer benefícios, muito pelo
contrário. Havia o medo de que o clube não teria como vigiá-lo. Tanto
que pouco tempo depois, o grupo viajou para outra semana em Pinheiral,
na véspera do Fla-Flu, e o meia foi relacionado para ir junto, mesmo não
ficando nem no banco no clássico.
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