sexta-feira, 7 de junho de 2013

Carlos Eduardo vira personagem de divergência no futebol do Flamengo



Carlos Eduardo - Treino do Flamengo (Foto: Ruano Carneiro/LANCE!Press)Maior salário do elenco do Flamengo, entre luvas e direitos de imagem, Carlos Eduardo ainda não disse a que veio em cinco meses no clube. Além disso, cada vez crescem mais os questionamentos sobre Paulo Pelaipe, diretor executivo que bancou a contratação. O dirigente tem agido de forma mais incisiva para que o meia seja relacionado. O fato chegou a gerar atritos com Dorival Júnior e Jorginho, ex-técnicos do clube, que não viam o jogador preparado para ser titular. Pelaipe já declarou que, dependendo dele, Carlos Eduardo terá vida longa no Fla. Apesar de ainda não cogitar a devolução, o Flamengo tem, por acordo, o direito de se desfazer do meia antes do término dos 18 meses de contrato.

Até o momento, o discurso de contenção de custos cai por terra com o que é gasto para manter o jogador, que foi contratado para ser o camisa 10 e não conseguiu dar retorno. Neste período, o Fla já desembolsou R$ 2,5 milhões para ter um atleta que participou de apenas dez partidas, sendo cinco como titular. O baixo rendimento é um enigma que a diretoria ainda não conseguiu decifrar. Quando chegou ao clube, era sabido que o meia demoraria mais do que o restante do grupo para se recondicionar fisicamente, por conta das duas sérias lesões que teve no joelho direito. Porém, após cinco meses, pouco evoluiu.

Sem conseguir justificar o alto valor investido nos gramados, Carlos Eduardo teve um período agitado extracampo. Os abusos na noite e a demora para começar a render pesaram decisivamente para que o meia fosse gradativamente perdendo espaço dentro do elenco. O número 10 na camisa deu lugar ao 20. Internamente, outros membros da diretoria já não sabem mais o que fazer com o jogador que, mesmo sem querer, acabou virando símbolo de um início atribulado da atual gestão.

Contra o Atlético-PR, no sábado passado, o meia foi escalado como titular, pouco rendeu mais uma vez e foi sacado ainda no intervalo. Já na partida seguinte, na derrota para o Náutico, chegou a figurar no banco, mas não foi utilizado.

VIAGEM A PINHEIRAL PARA CERCAR JOGADOR

O departamento de futebol do Flamengo mostrou preocupação com Carlos Eduardo até mesmo em viagens em que ele não estava relacionado. Assim que Jorginho assumiu, a equipe realizou um período de treinamentos em Pinheiral, no Sul Fluminense. O meia ficaria no Rio, sob a justificativa de que precisava aprimorar o condicionamento físico.

Porém, logo foi percebido que a distância não iria trazer benefícios, muito pelo contrário. Havia o medo de que o clube não teria como vigiá-lo. Tanto que pouco tempo depois, o grupo viajou para outra semana em Pinheiral, na véspera do Fla-Flu, e o meia foi relacionado para ir junto, mesmo não ficando nem no banco no clássico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário