quarta-feira, 23 de março de 2011

Ronaldinho vira exemplo para Adriano

 Ronaldinho nunca se atrasou ou faltou a qualquer treino no Flamengo. Ontem, chegou até antes do horário, às 15h25, mesmo depois de comemorar seu aniversário durante dois dias. O bonde do Mengão sem freio pode ter derrapado domingo, mas o camisa 10 não sai da linha nos seus compromissos profissionais e, como capitão, dá o bom exemplo.

“Fica tudo em cima do Gaúcho. Mas ele não falta, não se atrasa e está sempre correndo”, defende Thiago Neves.

Por outro lado, a diretoria rubro-negra avalia os riscos de contratar Adriano, que segue cercado de desconfiança, devido ao seu comportamento. Enquanto o clube espera para ver se o atacante vai escorregar em nova polêmica, o empresário do jogador, Gilmar Rinaldi, que já disse que o ombro machucado do atleta não atrapalharia a negociação, agora prefere o silêncio.

“Não quero falar de Adriano. Ainda não estou falando sobre isso. Prefiro esperar”, disse o empresário, apressado.

Ronaldinho estreou pelo Flamengo na vitória sobre o Nova Iguaçu, pela 5ª rodada da Taça Guanabara. E, de lá para cá, só ficou fora uma vez, domingo, contra a Cabofriense, por estar suspenso. Foram 10 jogos seguidos, e o craque só não atuou os 90 minutos uma vez.

A comissão técnica sabe que pode contar com Ronaldinho. Mesmo durante o Carnaval, entre blocos e escolas de samba, o jogador cumpriu a sua agenda com o Rubro-Negro. Já Adriano não inspira a mesma confiança em Vanderlei Luxemburgo. Uma preocupação justificada em números.

Adriano fez a sua última partida pelo Flamengo em 20 de maio de 2010, na vitória por 2 a 1 sobre a Universidad de Chile, que marcou a eliminação rubro-negra da Libertadores. Em cinco meses, o Imperador faltou a 13 treinos e participou de 18 dos 30 jogos disputados pelo time até aquela altura do ano.

Na temporada anterior, com a Copa de 2010 na mira, Adriano foi o artilheiro do Brasileiro, com 19 gols, e o Flamengo conquistou o hexacampeonato. Mas o atacante não se manteve longe dos problemas. Além das faltas, como uma no dia em que o então auxiliar técnico da Seleção, Jorginho, visitou o treino rubro-negro, o jogador ficou fora do penúltimo jogo do Brasileiro, contra o Corinthians, por causa de uma queimadura no pé. Ele jogou 30 dos 37 jogos do time com ele no elenco.

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