Zico foi à Justiça e ingressou com uma ação no 4º Juizado Especial Criminal, no bairro do Leblon (Zona Sul do Rio), em seu nome e dos filhos. Ele acusou Leonardo Ribeiro de calúnia, difamação e injúria (artigos 138, 139 e 140, respectivamente, do Código Penal) e pediu explicações.
O presidente do Conselho Fiscal teve de respondê-las e recuou. Ao tentar esclarecer as acusações, Leonardo Ribeiro disse que a imprensa compreendeu equivocadamente suas palavras. A reportagem do GLOBOESPORTE.COM teve acesso ao documento e destaca alguns trechos. Em um deles, Capitão Léo afirma que jamais suspeitou de qualquer atuação desonesta ou irregular de Zico ou de seus filhos.
- Nós não recuamos em nada. O Conselho Fiscal não recuou. Ele vai avançar e a fiscalização continua. A quantidade de documentos aumentou. A peça de queixa do Zico era muito frágil. Só perguntou sobre as contratações do time profissional. Em nenhum momento falou da operação da base, do acordo (já extinto) entre CFZ e MFD (empresa que controla o CFZ), que era prejudicial ao Flamengo. Preferimos evitar o desgaste com o ídolo – afirmou Leonardo Ribeiro.
Cláudio Costa, uns advogados que representam Zico no caso, explica que a negativa de Leonardo Ribeiro é uma forma de evitar o processo.
- Ele fez uma limpeza de barra. O Zico pediu explicações, e ele não respondeu as perguntas. Ele negou tudo. Quando faz isso, não posso processá-lo. Acabou. O pedido de explicações era para saber se ele tinha feito as acusações. Se ele tivesse confirmado, em seguida viria a ação de calúnia, difamação e injúria. A resposta que ele dá é que jamais identificou qualquer irregularidade envolvendo Zico e seus filhos – disse.
Pelo Código Penal, o crime de calúnia pode render ao condenado uma pena de seis meses a dois anos de prisão, ofensa considerada mais grave que a difamação (três meses a um ano) e a injúria (de um a seis meses).
Entenda o caso
Capitão Léo foi o principal desafeto de Zico nos quatro meses em que o maior ídolo rubro-negro comandou o futebol do clube. Sem apresentar provas concretas, dizia que jogadores que eram do CFZ começaram a chegar às categorias de base do Flamengo, ganhando espaço dos atletas que pertenceriam ao Rubro-Negro. Os direitos desses jogadores seriam repartidos, 50% para o fundo de investimentos e 50% para o Fla, o que causaria prejuízo ao clube no futuro.
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