terça-feira, 12 de outubro de 2010

OAB vai investigar conduta de advogado do goleiro Bruno

A Ordem dos Advogados do Brasil, seção Minas Gerais, vai apurar a conduta do advogado Ércio Quaresma Firpe, que defende o goleiro Bruno. A entidade quer saber se familiares e amigos do atleta, além do próprio Bruno, estariam sendo coagidos e ameaçados por Quaresma para que ele não seja retirado do caso, segundo informou a OAB-MG nesta terça-feira.

O diretor de comunicação da OAB-MG, advogado Sérgio Leonardo, informou que o atleta será ouvido nos próximos dias por uma comissão.


Ércio Quaresma é acusado de ter coagido parentes e o próprio goleiro Bruno. Crédito: Terra

"O mais importante neste momento é apurar a vontade do Bruno, se ele quer trocar de advogado mesmo ou não. Se houver uma denúncia em relação a isto a Ordem dos Advogados vai apurar. Se o advogado estiver coagindo o cliente a Ordem tem de agir e, caso for comprovada a conduta negativa do advogado, deve ser instaurado um processo ético-disciplinar contra ele, que pode resultar em advertência ou até mesmo a exclusão do profissional," disse.

A denúncia das suspostas ameaças foram feitas pela noiva de Bruno, a dentista Ingrid Oliveira, em entrevista a um programa de televisão, e também pela avó de Bruno, Estela Santana Trigueiro, 78 anos, que foi quem o criou. Dona Estela denuncia também que Ércio Quaresma estaria induzindo Bruno a tomar medicamentos para simular desmaios na prisão.

"Eu briguei com o Ércio Quaresma porque eu estou chateada. Ele não faz nada para o menino (Bruno). Já fazem 3 meses que eles estão lá e ele só fica enrolando o menino. Dá remédio a ele, que fica desmaiando. A gente vai lá, conversa com o Bruno e ele começa a desmaiar. Lá no Rio, eles deram remédio. Ele (Quaresma) mesmo deu, para o Bruno não falar nada. Para mim ele não seria mais advogado dele não. O Bruno já tentou trocar de advogado cinco vezes, mas o Quaresma não deixa. Ele disse que se trocar, ele vai ameaçar a família. Ele ameaça a gente aqui fora," denunciou.

Ércio Quaresma se defende e afirma que os familiares e amigos de Bruno estão insatisfeitos com o fim das regalias que o goleiro supostamente daria a eles.

"A família de alguns deles (os acusados de participação na morte de Eliza Samudio) preferem sentar-se à mesa com o demônio do que comigo. Eu não me curvo à família, eu atendo aos direitos do meu cliente. Armaram um circo querendo que eu saísse do patrocínio do Bruno. Estão colocando na cabeça de um velha de 70 anos de idade (avó) a idéia que eu sou Satanás", disse.

"O cidadão está sendo alvo de uma cirurgia cardíaca, quem toma conta dele é o cirurgião. No processo penal, sou eu. Eu não dou satisfação para ninguém. Eu tenho que dar satisfação para o preso. Eu busquei, procurei, mas a minha paciência esgotou. Se não me querem como advogado, procurem outro, mas pergunta para o cara primeiro se ele quer trocar. Eu acredito que não. O que há é o pensamento que o Bruno é uma mina de dinheiro, mas na verdade, ele é uma mina de problemas," concluiu.


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